Equipe da CNN ouviu vários estrondos na região; acesso está restrito pela polícia
Ivana Kottasová, Becky Anderson e Abeer Salman | CNN
Jerusalém - Poucos minutos antes do início das orações em Jerusalém na sexta-feira (13), uma equipe da CNN ouviu vários estrondos no local.
Hamas afirma que uma das motivações do ataque foi para defender mesquita de al-Aqsa | REUTERS/Mustafa Abu Ganeyeh |
As explosões provavelmente vieram de granadas de atordoamento.
A fumaça foi vista perto do Portão do Leão – uma das entradas da Cidade Velha de Jerusalém.
A estrada que leva ao portão foi fechada pelas autoridades israelenses, que estão restringindo a entrada na Cidade Velha.
A polícia tem sido restritiva sobre quem pode entrar na cidade. O acesso ao complexo de al-Aqsa foi proibido a pessoas com mais de 60 anos, disse uma testemunha à equipe de reportagem.
Num vídeo obtido pela CNN, mais de 10 soldados israelenses podiam ser vistos subindo as escadas em direção à mesquita de al-Aqsa.
“Este é o local mais controverso de Jerusalém e está realmente no centro deste conflito”, relatou a repórter da CNN, Becky Anderson.
“Qualquer pessoa pode visitar, mas apenas os muçulmanos podem rezar aqui. Neste momento a questão é: quem será autorizado pelas autoridades israelenses a acessar o local?”, pontuou Anderson.
“Nos disseram que hoje o acesso é seletivo, mas precisamos esperar para ver como isso se desenvolve”, acrescentou Anderson.
Mesquita de Al-Aqsa
Restringir o acesso à mesquita de Al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado para o Islã, é uma medida controversa que pode ser vista como uma provocação.
Os palestinos que vivem na Cisjordânia não foram autorizados a entrar na cidade durante dias.
Em comunicado, o Hamas afirmou que lançou, neste sábado (7), o ataque “Tempestade al-Aqsa” contra Israel – que teve como alvo centenas de soldados e civis – em parte para defender o local sagrado.