O bilionário Elon Musk afirmou neste sábado, 28, que vai oferecer conexão de internet via Starlink, seu serviço de conexão via satélite, na Faixa de Gaza. O empresário fez a declaração em sua conta no X, antigo Twitter, ao receber pedido de ajuda na rede social.
O Estado de S.Paulo
“A SpaceX dará suporte a links de comunicação para organizações de ajuda com reconhecimento internacional”, afirmou ele. Ele também disse que até o momento a Starlink não recebeu pedidos de conexão na região de conflito.
Musk afirmou neste sábado que vai oferecer conexão de internet na Faixa de Gaza Foto: Alain JOCARD / AFP |
Musk não detalhou o plano e a SpaceX não comentou a iniciativa de seu proprietário. Desde sexta, 27, a região tem passado por períodos sem comunicação com a preparação para a ofensiva israelense por terra.
Explosões na noite desta sexta-feira (horário local) iluminaram o céu sobre a Cidade de Gaza, enquanto o apagão de comunicações cortou a maior parte do contato com o mundo exterior e dentro do território.
A Companhia de Telecomunicações da Palestina (Paltel) anunciou “uma interrupção completa de todos os serviços de comunicação e internet” devido aos bombardeios. A Crescente Vermelho disse que todas as comunicações de telefone fixo, celular e internet foram cortadas e que a organização perdeu todo o contato com sua sala de operações e equipes médicas. A instituição disse temer que as pessoas não consigam mais entrar em contato com os serviços de ambulância.
A interrupção generalizada das telecomunicações na Faixa de Gaza é o resultado de “graves bombardeios” que destruíram a última ligação internacional fora do território, segundo a empresa palestina de telecomunicações Jawwal.
Nesta manhã, moradores relataram melhora no serviço, mas ainda há dúvidas sobre a estabilidade das conexões.
Na Guerra da Ucrânia, Musk também ofereceu os seus serviços de internet para o país comandado por Volodimir Zelenski - e chegou a irritar autoridades ao não permitir o uso do serviço para um ataque de drones na Crimeia contra o exército russo.
Hoje, mais de 4,5 mil satélites Starlink estão nos céus, representando mais de 50% de todos os satélites ativos no mundo. Eles operam em órbita baixa, garantido velocidade de conexão, baixa latência e ampla área de cobertura.