Um acordo orçamentário obtido de última hora no fim de semana impediu a paralisação do governo dos Estados Unidos, mas deixou autoridades pró-Ucrânia em Washington buscando nesta segunda-feira o melhor caminho para conseguir a aprovação de bilhões de dólares em mais ajuda para Kiev.
Por Patricia Zengerle | Reuters
WASHINGTON - Líderes do Senado, que é controlado pelos democratas — partido do presidente, Joe Biden — por pequena maioria, prometeram apresentar leis nas próximas semanas para garantir a continuidade do apoio de segurança e econômico dos EUA para os ucranianos. Mas na Câmara dos Deputados, controlada pela oposição republicana, o presidente da casa, Kevin McCarthy, afirmou que precisa de mais informações do governo Biden, ao mesmo tempo que partidários o estão acusando de desenhar um “acordo secreto” com Biden para permitir a votação de um projeto de lei.
Vista aérea do Pentágono © Thomson Reuters |
Os EUA enviaram ao governo de Kiev 113 mil bilhões de dólares em ajuda de segurança, econômica e humanitária desde a invasão russa em fevereiro de 2022. Em julho, Biden pediu que o Congresso aprovasse mais 24 bilhões de dólares em ajuda à Ucrânia.
Uma autoridade dos EUA afirmou que, a partir desta segunda-feira, o Departamento de Defesa tinha apenas mais 1,6 bilhão em caixa para substituir as armas enviadas à Ucrânia e mais 5,4 bilhões da “Autoridade de Saque Presidencial”.
Os republicanos se opõem a mais ajuda à Ucrânia, muitos deles aliados do ex-presidente Donald Trump, que tentará ser eleito novamente no próximo ano, continuaram nesta segunda-feira sua campanha contra a concessão de mais dinheiro a Kiev.
O deputado republicano Matt Gaetz, que afirmou que tentará remover McCarthy da presidência da Casa nesta semana, acusou o correligionário de buscar um acordo secreto com Biden, algo que McCarthy negou.
(Reportagem adicional de Mike Stone, Moira Warburton, Makini Brice e Steve Holland)
(Reportagem adicional de Mike Stone, Moira Warburton, Makini Brice e Steve Holland)