O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, deve partir para Israel nesta quarta-feira, em uma missão no Oriente Médio para evitar o início de uma guerra mais ampla após um ataque e a tomada de reféns por militantes palestinos do Hamas e um bombardeio israelense na Faixa de Gaza.
Por Humeyra Pamuk | Reuters
WASHINGTON - Em uma demonstração de solidariedade com o aliado mais próximo de Washington no Oriente Médio, Blinken deve se reunir com autoridades israelenses, possivelmente incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, para discutir o aumento do apoio militar.
Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken 07/10/2023 REUTERS/Elizabeth Frantz © Thomson Reuters |
Ele trabalhará com aliados regionais dos EUA para tentar garantir a libertação de mais de 100 pessoas que, segundo Israel, o Hamas mantém como reféns, algumas das quais podem ser cidadãos norte-americanos.
Blinken estava no ar quando Israel anunciou a formação de um governo de união de emergência. O Departamento de Estado dos EUA não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Homens armados do Hamas invadiram cidades israelenses no fim de semana, matando 1.200 pessoas e levando dezenas de reféns para Gaza. Israel tem retaliado com ataques aéreos que mataram mais de 1.000 pessoas na Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, enquanto se prepara para uma possível ofensiva terrestre.
Pelo menos 14 norte-americanos foram mortos durante o ataque do Hamas no sábado, disse o presidente Joe Biden na terça-feira.
Uma das principais prioridades de Blinken será transmitir uma mensagem de dissuasão, em grande parte dirigida ao Irã e a grupos apoiados pelos iranianos, como o libanês Hezbollah, para impedir a eclosão de uma guerra mais ampla.
O Hezbollah tem agido com cautela desde que o Hamas e Israel entraram em guerra, mantendo as tropas israelenses ocupadas com ataques na fronteira libanesa, mas sem abrir uma grande frente, afirmam fontes familiarizadas com o assunto.
"O secretário Blinken tem se concentrado intensamente em apoiar Israel, deixando claro que as partes hostis a Israel não devem tirar proveito dessa situação e trabalhando pela libertação de todos os reféns mantidos em Gaza", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.
Desde sábado, Blinken tem conversado por telefone com seus pares do Egito, Jordânia, Arábia Saudita, Catar, Turquia e Emirados Árabes Unidos. Autoridades norte-americanas disseram que Washington estava pressionando os países regionais com influência sobre o Hamas e outros hostis a Israel para que ajudassem a impedir o agravamento do conflito.