Especialistas em Oriente Médio acreditam que o conflito de Israel com Hamas pode entrar em espiral e virar um grande confronto na região, afetando as relações de Tel Aviv com os países árabes.
Sputnik
O conflito entre Israel e Hamas ainda não se tornou em um conflito regional, quanto mais em um problema geopolítico, acredita Andrei Zeltyn, professor da Escola de Estudos Orientais da Escola Superior de Economia, Moscou.
Segundo ele, a operação do Hamas foi realizada com o objetivo principal de torpedear o processo de normalização das relações entre Israel e Arábia Saudita.
Agora depende de como se desenvolverá a possível operação militar terrestre em grande escala de Israel na Faixa de Gaza, afirmou.
Além disso, observadores internacionais acreditam que o Hamas recebeu armas de forças externas, uma vez que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já havia alertado sobre a entrega de armas na Faixa de Gaza.
Agora depende de como se desenvolverá a possível operação militar terrestre em grande escala de Israel na Faixa de Gaza, afirmou.
Além disso, observadores internacionais acreditam que o Hamas recebeu armas de forças externas, uma vez que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já havia alertado sobre a entrega de armas na Faixa de Gaza.
Anteriormente, o conselheiro do chefe interino da República Popular de Donetsk (RPD), Yan Gagin, sugeriu que as armas transferidas à Ucrânia poderiam ser usadas contra Israel.
"Sim, é muito provável, já que as armas recebidas por Kiev vieram de diferentes fontes [...]. Mesmo que tenham vindo dos EUA e União Europeia, poderiam ter sido encaminhadas para aquelas forças que estão lutando contra Israel: segundo várias fontes, há mercenários estrangeiros de países árabes no território controlado por Kiev", afirmou à Sputnik Boris Dolgov, pesquisador sênior do Instituto dos Estudos Orientais da Academia de Ciências da Rússia.
De acordo com o analista, diversos desses mercenários são islâmicos radicais, que poderiam transportar e facilitar a transferência dessas armas para as forças palestinas que estão lutando contra Israel.
Os especialistas também ressaltaram que ainda há a possibilidade de que outras organizações militares também poderiam receber armas ucranianas através do mercado negro, uma vez que a Ucrânia é considerada um dos maiores traficantes de armas nos mercados europeus.
Para Boris Dolgov, em termos estratégicos e na política estratégica dos EUA, Israel é um aliado estratégico, e é "óbvio que os EUA sempre o apoiaram e apoiarão".
Tanto que, recentemente, o presidente norte-americano Joe Biden já confirmou o apoio total, e enviou um grupo de ataque de porta-aviões à região.
Os EUA agora tentam encontrar rastros da ajuda iraniana nos ataques do Hamas contra Israel, o que indica que o conflito tem grande chance de se tornar um dilema regional e geopolítico.