"Gaza ficou sem eletricidade, levando serviços vitais, incluindo saúde, água e saneamento, à beira do colapso e agravando a insegurança alimentar", diz a agência.
Por Laura Hulsemann | Politico
À medida que a guerra entre Israel e o Hamas aumenta, a agência especial da ONU para refugiados palestinos alertou na segunda-feira que Gaza está sitiada com falta de sacos de cadáveres.
Na semana passada, Israel ordenou que civis na Cidade de Gaza evacuassem para o sul | Mohammed Abed/AFP via Getty Images |
"O número de mortos está aumentando. Não há sacos de cadáveres suficientes para os mortos em Gaza", disse a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) em um comunicado à imprensa.
Desde que o Hamas lançou seu violento ataque surpresa em Israel, há nove dias - matando mais de 1.400 israelenses e desencadeando ataques aéreos de retaliação de Israel e um cerco à Faixa de Gaza - 2.329 palestinos foram mortos, de acordo com o relatório.
"Gaza ficou sem eletricidade, levando serviços vitais, incluindo saúde, água e saneamento, à beira do colapso e agravando a insegurança alimentar", acrescentou a agência no relatório.
Na semana passada, Israel ordenou que civis na Cidade de Gaza evacuassem para o sul, como parte da preparação para um ataque terrestre a Gaza. Mais de um milhão de pessoas - o que representa quase metade da população de Gaza - foram deslocadas desde então, informou a UNRWA.
À medida que crescem os temores de que o conflito entre Israel e Hamas se transforme em uma guerra regional maior, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou neste domingo que o Oriente Médio está "à beira do abismo".