Os Estados Unidos, o Reino Unido, a França e a Alemanha pediram que o Irã reverta a decisão de barrar "vários" inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU), informou nesta segunda-feira um comunicado conjunto publicado pelo governo britânico.
Reuters
LONDRES - "O Irã precisa imediatamente reverter as rejeições a inspetores e cooperar totalmente com a Agência (Agência Internacional de Energia Atômica) para que eles possam dar mostras de que o programa nuclear iraniano é exclusivamente pacífico", afirmou o comunicado.
O chefe de agência nuclear da ONU, Rafael Grossi, em coletiva de imprensa © Thomson Reuters |
"Estamos em um momento no qual a AIEA tem questões sérias e de longo prazo não resolvidas relacionadas a materiais e atividades nucleares não declarados no Irã, e sobre as quais o Irã falhou em solucionar por mais de quatro anos", acrescentou.
A atitude iraniana foi uma resposta ao pedido dos EUA e seus três aliados para cooperasse com a agência e explicasse vestígios de urânio encontrados em locais não declarados.
A rejeição aos inspetores é permitida, e países-membros podem vetar os inspetores destacados para investigá-los sob o Acordo de Não-Proliferação Nuclear. O chefe do órgão pertencente à ONU, Rafael Grossi, no entanto, condenou no sábado o que chamou de “medida unilateral desproporcional e sem precedentes”.
"O Irã continua expandindo as suas atividades nucleares. O país também está agora, deliberadamente, prejudicando o planejamento normal e a condução das atividades de monitoramento da agência", afirmou o comunicado.
"França, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos continuarão apoiando fortemente a AIEA e o regime internacional de verificação de salvaguardas."
(Reportagem de Muvija M, em Londres e Parisa Hafezi, em Dubai)