Existem planos em vigor para reduzir de três o número de aeronaves de alerta aéreo antecipado (AEW) Boeing 737 Wedgetail Mk1 para a Força Aérea Real Britânica (RAF).
Por Fernando Valduga | Cavok
Esta intenção britânica é motivada pela economia de custos operacionais, mas pode contar com críticas ferozes de especialistas em defesa que temem que não permita mais que a Grã-Bretanha cumpra as obrigações da OTAN.
As aeronaves foram encomendadas em março de 2019, quando o Ministério da Defesa do Reino Unido queria substituir sete antigos E-3D Sentry baseados no Boeing 707 por cinco variantes mais modernas de AEW&C (Airborne Early Warning and Control) com o avançado sistema radar Northrop Grumman Multi-role Electronically Scanned Array (MESA). A aeronave também recebeu um Sistema de Auxílios Defensivos desenvolvido pela Leonardo.
A primeira aeronave foi um 737-700 BBJ1, construído em 2010, que foi comprado de volta pela Boeing da Deer Jet da China; um segundo 737-700 também seria retirado do mercado de segunda mão. Além disso, três novos 737-700 seriam entregues para conversão. O primeiro novo exemplar foi entregue em julho de 2022.
A aeronave deveria entrar em serviço em 2023 e acomodar dois pilotos e dez operadores. Os E-7 têm alcance de voo de 3.500 nm (6.470 km). Wedgetails também são usados pelas forças aéreas da Austrália (6), Turquia (4) e Coreia do Sul (4).
No final do primeiro semestre deste ano ficou claro que a Grã-Bretanha não queria comprar as duas últimas aeronaves por razões de custo. Os críticos consideram essa decisão absurda, porque apenas dez por cento seriam poupados em todo o investimento. A Defesa Britânica receberá duas aeronaves a menos para isso.