A Polícia Federal foi notificada neste sábado (9) sobre a homologação da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Por Camila Bomfim | g1
Conforme antecipado pelo blog do jornalista Gerson Camarotti, a delação de Cid foi homologada neste sábado (9) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Na decisão, Moraes também concedeu liberdade provisória a Cid, e determinou o cumprimento de medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, limitação de sair de casa aos fins de semana e também à noite, e afastamento das funções no Exército.
A notificação é mais que uma mera formalidade. O aviso permite que, a partir de agora, a PF entre em fase de diligências (passe a tomar medidas policiais para aprofundar as investigações).
A delação foi fechada no âmbito do inquérito das milícias digitais. E há uma explicação pra isso: as investigações a que Cid responde, como vacina, golpe, joias e outras, estão no bojo desse inquérito.
Na prática, os delegados da investigação ouvirão novamente Cid para, segundo eles , “corroborar o que foi dito em seus depoimentos “, mostrar novas provas para que ele se manifeste sobre o que sabe, e pedir medidas policiais que dependem de autorização da justiça — e que são mantidas em sigilo máximo.
Um dos investigadores define essa etapa como a “fase prática” da delação, é o momento de colher provas e comprovar tudo o que foi dito.