Investigado pela PF, Braga Netto classifica operação como “pescaria de provas”, dizem fontes - Notícias Militares

Breaking News

Post Top Ad

Responsive Ads Here

Post Top Ad

Responsive Ads Here

12 setembro 2023

Investigado pela PF, Braga Netto classifica operação como “pescaria de provas”, dizem fontes

Polícia Federal investiga possíveis irregularidades na compra de coletes na época em que o general era interventor no Rio de Janeiro


Jussara Soares e Renata Agostini | CNN

Brasília - O general Walter Braga Netto, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL), classificou como “pescaria” a operação da Polícia Federal que investiga irregularidades na compra de coletes balísticos para a intervenção no Rio de Janeiro em 2018, segundo interlocutores do militar.

Ex-ministro de Bolsonaro, Braga Netto tem sigilo telefônico quebrado pela PF | Beto Barata/PR

O general, que era o interventor à época, não é alvo de mandado de busca e apreensão, mas teve o sigilo telefônico quebrado.

Na manhã desta terça-feira (12), em conversas reservadas, Braga Netto avaliou que a ação da PF tem o objetivo de tentar encontrar motivos para incriminá-lo.

Um dos militares mais próximos de Bolsonaro, Braga Netto é pré-candidato à prefeitura do Rio nas eleições de 2024 pelo PL.

O general compôs a chapa de Bolsonaro na tentativa frustrada de reeleição ao Palácio do Planalto. No governo do ex-presidente, foi chefe da Casa Civil e ministro da Defesa.

Ele segue como homem de confiança de Bolsonaro e despacha, inclusive, na sede do PL, em Brasília.

Não é a primeira vez que pessoas próximas a Bolsonaro afirmam que a PF está promovendo uma fishing expedition, ou pescaria de provas, numa tradução livre para o português.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) usou o mesmo argumento ao falar sobre a operação que apreendeu o celular do ex-ajudante de ordens de seu pai, o tenente-coronel Mauro Cid.

Ao obter acesso às comunicações do militar durante a apuração sobre registros fraudulentos de vacinação, os investigadores conseguiram avançar sobre uma série de outros pontos, como o escândalo das joias e conversas de cunho golpista.

O argumento de Braga Netto, nesse caso, é que a compra dos coletes sem licitação foi autorizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e o contrato chegou posteriormente a ser cancelado diante de problemas no fornecimento por parte do fabricante estrangeiro.

O general de fato encaminhou consulta ao TCU em 2018 para entender se poderia fazer a aquisição de forma direta, portanto sem licitação, diante da avaliação que os coletes perderiam a validade e o reforço era fundamental para a continuidade das tarefas da intervenção no Rio.

Na ocasião, a Advocacia-geral da União foi consultada. Tanto a AGU quanto a área técnica do TCU entenderam que a compra direta poderia ser feita desde que atendidos alguns requisitos.

Entre eles: o diagnóstico de que se tratava de uma aquisição de caráter emergencial e o os valores estarem em linha com preços vigentes no mercado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Post Top Ad

Responsive Ads Here