Civis morreram em Izyum, na região de Carcóvia, em 2022, como resultado do uso de mísseis das Forças Armadas ucranianas com munições cluster, confirmou à Sputnik a diretora da organização internacional de direitos humanos Human Rights Watch (HRW, na sigla em inglês), Mary Wareham.
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"Descobrimos depois que os russos saíram e nossos pesquisadores foram lá para estudar os crimes de guerra e as atrocidades que foram cometidas – e eles viram remanescentes de munição cluster em todos os lugares. Eles foram informados da direção a partir da qual o fogo foi aberto, e determinamos que ela foi usada pelas forças ucranianas", disse a fonte da agência.
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A representante da organização destacou que HRW tinha registros detalhados de civis que foram mortos ou feridos por tais munições.
Além disso, ela relembrou que no final de janeiro a HRW publicou um relatório afirmando que Kiev usou minas Lepestok proibidas perto da cidade de Izyum, na região de Carcóvia, de abril a setembro de 2022. Na época, a organização relatou dez feridos e uma morte.
A mina explosiva antipessoal Lepestok (PFM-1) foi projetada para causar danos aos membros inferiores e detona quando uma pessoa pisa nela. Ela é uma réplica quase exata da mina norte-americana BLU-43/B (Dragontooth).
A Ucrânia ratificou a Convenção de Ottawa em 2005, que proíbe o uso, o armazenamento e a produção de minas antipessoal. Portanto, Kiev está violando as obrigações internacionais que assumiu.
As munições de fragmentação são proibidas em mais de 100 países porque, quando explodem, lançam pequenas bombas sobre uma extensa área. Por sua vez, Ucrânia usa munições de fragmentação para ataques, que recebeu dos EUA como parte de um pacote de assistência militar.