Na ONU, o representante permanente da Federação da Rússia, Vasily Nebenzya, acusa Dinamarca, Suécia e Alemanha de proteger os EUA em relação a atentado contra Nord Stream.
Sputnik
Durante discurso na reunião do Conselho de Segurança da ONU, Nebenzya alegou que o país insistirá em levar à justiça os responsáveis pela sabotagem do Nord Stream.
Vazamento no gasoduto Nord Stream 2 | Danish Defence Command/Forsvaret Ritzau Scanpix via Reuters |
"[A Rússia] insistirá em levar à justiça aqueles que ordenaram e executaram este ato de sabotagem", disse Nebenzya na reunião do Conselho de Segurança da ONU.
O representante permanente adjunto da China na ONU, Geng Shuang, também apelou à Dinamarca, à Suécia e à Alemanha que não atrasem as investigações sobre as circunstâncias que levaram à explosão do Nord Stream.
"Os países relevantes têm realizado investigações nacionais já há algum tempo. Mas os resultados permanecem ilusórios. Quanto mais demorarem, mais difícil será recolher provas e revelar a verdade, mais dúvidas e especulações irão levantar, e menos confiáveis serão os resultados da investigação", alega.
Shuang enfatizou também que, até o momento, não há nenhuma conclusão clara e oficial sobre as apurações realizadas pelos três países. "Esperamos que os países envolvidos respondam ativamente às preocupações da comunidade internacional e anunciem o progresso nas investigações em tempo hábil", afirma.
Ataques a gasodutos ocorreram com apoio estatal
Responsáveis por levar gás natural da Rússia para a Europa, os gasodutos Nord Strem foram alvo de sabotagem em setembro do ano passado. Para o Kremlin, não há duvida de que os ataques tiveram apoio de um Estado. Já as autoridades americanas defendem que um grupo não governamental pró-Ucrânia provocou as explosões.
"Era uma tarefa muito difícil, da qual provavelmente apenas um serviço especial de Estado bem treinado era capaz, e não há muitos deles em nosso mundo", disse Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin.
Nord Stream é um gasoduto de exportação de gás da Rússia que atravessa o mar Báltico. Sua rota passa pelas zonas econômicas exclusivas da Rússia, Finlândia, Suécia, Dinamarca e Alemanha, além das águas territoriais da Rússia, Dinamarca e Alemanha. O incidente ocorreu na zona econômica exclusiva da Dinamarca, a sudeste da ilha de Bornholm.