Documentos enviados ao TCU mostram que a empresa americana escolhida - a CTU SECURITY LLC - oferecia os coletes com valor 20 vezes menor que o cobrado por empresas brasileiras
Leandro Resende | CNN
Ex-interventor da segurança pública do Rio de Janeiro, o general Walter Braga Netto considerou, em 2018, que os coletes balísticos produzidos no Brasil eram caros demais e, por isso, consultou o Tribunal de Contas da União (TCU) para saber se poderia prosseguir com a compra de materiais importados.
A Polícia Federal suspeita de fraude em um contrato de R$ 40 milhões assinado por Braga Netto para compra de coletes à prova de balas para a Polícia do Rio de Janeiro.
O general interventor, ex-ministro e candidato a vice na chapa derrotada de Jair Bolsonaro em 2022, consultou o TCU sobre a possibilidade de comprar coletes para polícia do Rio em outubro de 2018, dois meses antes do fim da intervenção.
O general interventor, ex-ministro e candidato a vice na chapa derrotada de Jair Bolsonaro em 2022, consultou o TCU sobre a possibilidade de comprar coletes para polícia do Rio em outubro de 2018, dois meses antes do fim da intervenção.
Documentos enviados ao TCU mostram que a empresa americana escolhida – a CTU SECURITY LLC – oferecia os coletes com valor 20 vezes menor que o cobrado por empresas brasileiras.
Uma portaria do Exército e do Ministério da Defesa prevê que compra de coletes à prova de balas somente poderá ocorrer quando a indústria nacional não tiver condições de atender à especificação técnica e/ou demanda desejada.
A demanda da intervenção, cujo fim era iminente, fez o TCU concordar com a compra dos coletes.
“Quando os produtos controlados nacionais [como os coletes à prova de balas] tiverem seus preços 25% maior do que seu similar estrangeiro, considerados todos os custos de importação, não deverão ser adquiridos pela Administração Pública, mas sim o seu similar estrangeiro, desde que atendidos os critérios técnicos mínimos de admissibilidade”.