As notícias sobre a possível compra do F-16 Fighting Falcon para a Força Aérea Argentina continuam a surgir aos poucos.
Por Carlos Borda Bettolli | Zona Militar
Desta vez trata-se do pacote de armas que os combatentes dinamarqueses poderão receber caso a decisão de adquiri-los se concretize finalmente. Segundo o que foi recentemente expresso por diversas fontes conhecedoras do assunto, a oferta inclui mísseis ar-ar AIM-120 AMRAAM e bombas guiadas da família JDAM.
Desta vez trata-se do pacote de armas que os combatentes dinamarqueses poderão receber caso a decisão de adquiri-los se concretize finalmente. Segundo o que foi recentemente expresso por diversas fontes conhecedoras do assunto, a oferta inclui mísseis ar-ar AIM-120 AMRAAM e bombas guiadas da família JDAM.
Foto: USAF |
Há pouco menos de dois meses, anunciámos a partir deste meio que a proposta do dinamarquês F-16 MLU incluía mísseis ar-ar de curto alcance de última geração, bem como mísseis ar-ar de médio alcance - mísseis aéreos. A novidade em relação ao AMRAAM e JDAM não só é lógica dadas as capacidades disponíveis ao dinamarquês Fighting Falcon, mas também responde às exigências locais e à necessidade de ter uma proposta superior para que o F-16 seja considerado uma opção viável pela Argentina. Força do ar.
Conforme detalhamos na nota “A Força Aérea Argentina aguarda proposta superior para o armamento do F-16” publicada no final de julho deste ano, a melhoria da oferta do pacote de armamento obedece a um dos principais requisitos do a Força Aérea Argentina, sendo um de seus requisitos elementares levar em consideração os diversos candidatos avaliados.
Assim o expressou o Brigadeiro General Xavier Isaac do JEMGFAA numa das últimas entrevistas concedidas à Zona Militar, esclarecendo que, no caso do F-16, “…o pedido de armas foi feito ao governo dos EUA com o mínimo necessário para para se tornar um sistema de armas que possa dissuadir. A ideia é conversar sobre isso com o governo dos EUA. Mas a FAA tem um requisito mínimo, fundamental e determinante para as armas que necessitamos…”
Desta forma, a Força Aérea Argentina deixou claro que qualquer proposta inferior às suas exigências não seria considerada uma opção viável. Foi o caso do Chengdu FC-1 Xiaolong, aeronave para a qual “…a proposta de armamento sempre foi ampla. O avião atende às expectativas. A oferta de financiamento chinesa é muito boa…” , como comentou oportunamente o JEMGFAA à ZM.
Com a opção chinesa em cima da mesa, a proposta dos EUA deveria ser superior se quisesse posicionar-se como favorito. Com o passar dos meses e o avanço das negociações, diversas fontes próximas ao assunto concordam que as disposições do F-16 Fighting Falcon são muito positivas, “uma oportunidade única” para alguns especialistas no assunto.
Vale lembrar que o governo dos EUA aprovou a transferência de seis F-16 Bloco 10 e 32 F-16 Bloco 15 por um valor aproximado de US$ 338.695.634, o que deixaria um saldo (se os valores originais incluídos no orçamento forem mantido) para abordar questões relacionadas a armas, equipamentos, suporte e infraestrutura. A expectativa é que alguns desses itens (principalmente armas) se concretizem em contrato paralelo à compra da aeronave.
Embora não exista nenhum caso idêntico ao outro, é bom recordar o processo que a Romênia atravessou com a aquisição do F-16 MLU a Portugal e à Noruega, que não só contemplou o contrato de compra da aeronave como também incluiu uma série de acordos via Vendas Militares Estrangeiras para aquisição de kits de atualização, armas, equipamentos e suporte. Em junho deste ano, a Roménia e a Noruega fecharam a venda de 32 F-16 Fighting Falcon MLU juntamente com peças sobressalentes e equipamentos de apoio, bem como serviços de manutenção e formação técnica, por um montante de 388 milhões de euros.