A colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo avaliou que a operação da Polícia Federal nos endereços do general Mauro Cesar Cid, pai de Mauro Cid, e de Frederick Wassef, advogado que já defendeu Jair Bolsonaro, mergulha o Exército em escândalo de corrupção.
Mônica Bergamo | UOL
"Sempre ouvi de pessoas do bolsonarismo o seguinte: 'Cid vem de uma família muito séria e vai provar sua inocência porque é filho de um general muito respeitado e prestigiado'. Agora, vai entrar no Exército de vez. Claro, as condutas são individualizadas, mas a corrupção na veia de um general tido como ícone no Exército tem impacto para além de uma eventual desonestidade."
Mônica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo
"Wassef é o símbolo do bolsonarismo. Sempre que um advogado é alvo de uma operação policial, é muito polêmico. Tem que estar muito bem fundamentada essa operação em cima dele, porque os advogados gozam de uma série de prerrogativas. Essa é quente e é um choque."
Mônica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo
Josias: Com pai de Cid, escândalo sobe de patamar e constrangimento aumenta
Josias de Souza avaliou que a operação da PF tendo o pai de Mauro Cid como um dos alvos eleva o nível dos escândalos em torno de Jair Bolsonaro e aumenta o constrangimento das Forças Armadas. O colunista chamou a atenção para a passividade do alto escalão das Forças Armadas sobre o crescente escândalo envolvendo Mauro Cid e sua família
"O general Cid é um oficial muito respeitado. Essa operação da PF vai aumentar o constrangimento das Forças Armadas e a estupefação dos brasileiros com a passividade com que os militares reagem a esse derretimento do Mauro Cid e de sua família. Dizia-se que o pai do Mauro Cid era um dos mais incomodados com o silêncio do filho para proteger Bolsonaro. Se a PF envolve o próprio pai na investigação, a complicação muda de patamar."
Josias de Souza, colunista do UOL
CPI do 8/1 precisa de Cid, pai dele e Wassef depondo juntos, diz deputado
O deputado federal Duarte Júnior (PSB-MA) defendeu a convocação de Mauro Cid, do pai dele e de Frederick Wassef para prestarem depoimento à CPI que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro. O parlamentar ainda considera "desnecessário" chamar o ex-presidente neste momento.
"Precisa ser feita uma acareação chamando os três, colocando um na frente do outro. Na primeira vez em que foi chamado, Mauro Cid subestimou muito a CPMI e se colocou em uma posição de que não iria falar. Eu lhe disse que, se ele não falasse, o pai ou a esposa dele poderiam ser chamados e isso não é uma perseguição. Se não for chamado na CPMI, será em outros lugares."
Duarte Júnior, deputado federal (PSB-MA)