O líder norte-coreano tem visitado fábricas militares recentemente, ordenando uma maior produção antes de novas manobras entre a Coreia do Sul e EUA, cuja edição promete ser a maior.
Sputnik
Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte, apelou na segunda-feira (14) a um aumento na produção de mísseis para ajudar a garantir uma "força militar esmagadora" que esteja pronta para a guerra, citou a agência norte-coreana KCNA.
A advertência acontece em meio à preparação da Coreia do Sul e dos EUA para exercícios militares conjuntos anuais, que Pyongyang vê como um ensaio para a guerra.
Kim tem visitado as principais fábricas de munição, que produzem mísseis táticos, plataformas de lançamento de mísseis, veículos blindados e projéteis de artilharia, e sublinhou o "objetivo importante de aumentar drasticamente" a produção em massa de armas para atender às necessidades das unidades militares da linha de frente expandidas e fortalecidas, segundo a KCNA.
Em uma das fábricas, Kim foi mencionado como inspecionando e dirigindo um novo veículo blindado de combate utilitário e elogiando o progresso recente na modernização das linhas de produção de projéteis de lançadores múltiplos de foguetes de grande calibre.
O líder da Coreia do Norte afirmou ser "muito urgente [...] aumentar exponencialmente" a produção de tais foguetes para reforçar as unidades de artilharia da linha de frente.
"Ele disse que o KPA [Exército Popular da Coreia, na sigla em inglês] deveria ter uma força militar esmagadora e estar totalmente preparado para enfrentar qualquer guerra a qualquer momento, de modo a impedir que os inimigos ousem usar suas forças armadas e certamente aniquilá-los se lançarem um ataque", sublinhou Kim Jong-un.
A Coreia do Sul e os EUA anunciaram na segunda-feira (14) que realizariam os exercícios Ulchi Freedom Guardian de 21 a 31 de agosto para melhorar sua capacidade de resposta ao que disseram ser as crescentes ameaças nucleares e de mísseis da Coreia do Norte.
A edição deste ano terá a "maior escala de todos os tempos", mobilizando dezenas de milhares de militares dos dois lados e de alguns Estados-membros do Comando das Nações Unidas, para cerca de 30 programas de treinamento de campo, comunicou o Estado-Maior Conjunto (JCS, na sigla em inglês) da Coreia do Sul.