O líder norte-coreano, Kim Jong Un, substituiu o principal general das Forças Armadas e pediu mais preparativos para a possibilidade de guerra, um aumento na produção de armas e expansão dos exercícios militares, noticiou a imprensa estatal KCNA na quinta-feira.
Por Hyunsu Yim e Josh Smith | ReutersSEUL - Kim fez os comentários em uma reunião da Comissão Militar Central que discutiu planos de contramedidas para deter os inimigos da Coreia do Norte, que não citou.
O principal general do país, o chefe do Estado-Maior Pak Su Il, foi "demitido", informou a KCNA, sem dar mais detalhes. Ele havia exercido o cargo por cerca de sete meses.
Pak foi substituído pelo general Ri Yong Gil, que anteriormente serviu como ministro da Defesa do país, bem como o principal comandante de suas tropas convencionais.
Ri também serviu anteriormente como chefe do Estado-Maior do Exército. Quando foi substituído, em 2016, sua demissão e posterior ausência de eventos oficiais geraram relatos na Coreia do Sul de que ele havia sido executado. Ele reapareceu alguns meses depois, quando foi nomeado para outro cargo sênior.
Kim também estabeleceu uma meta para a expansão da capacidade de produção de armas, disse o relatório, sem fornecer detalhes. Na semana passada, ele visitou fábricas de armas, onde pediu a construção de mais motores de mísseis, artilharia e outras armas.
Fotos divulgadas pela KCNA mostraram Kim apontando para Seul e áreas ao redor da capital sul-coreana em um mapa.
Os Estados Unidos acusaram a Coreia do Norte de fornecer armas à Rússia para sua guerra na Ucrânia, incluindo projéteis de artilharia, foguetes e mísseis. Rússia e Coreia do Norte negaram essas alegações.
Kim também pediu que os militares realizem exercícios com as armas e equipamentos mais recentes do país para manter suas forças prontas para o combate.
A Coreia do Norte deve realizar um desfile de milícias em 9 de setembro, marcando o 75º aniversário do Dia da Fundação da República. A Coreia do Norte tem vários grupos paramilitares que usa para reforçar suas forças militares.
Os EUA e a Coreia do Sul devem realizar exercícios militares entre 21 e 24 de agosto, o que o Norte vê como uma ameaça à sua segurança.