Toque de silêncio e emoção marcaram a cerimônia ocorrida na Base Aérea do Galeão
Agência Marinha de Notícias
Os dois Fuzileiros Navais mortos na queda de helicóptero foram homenageados pela Marinha do Brasil (MB), hoje (11), na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ). Os corpos dos Sargentos Fuzileiros Navais Renan Guedes Moura e Luiz Fernando Tavares Augusto foram transportados para o Rio de Janeiro, em avião da Força Aérea Brasileira, e chegaram à Base conduzidos em veículo blindado Piranha do Corpo de Fuzileiros Navais. Familiares, amigos e integrantes da Força estiveram na cerimônia, onde foi anunciada a promoção post mortem dos dois militares à graduação de Primeiro-Sargento, um reconhecimento por terem tombado no cumprimento do dever.
Os dois Fuzileiros Navais mortos na queda de helicóptero foram homenageados pela Marinha do Brasil (MB), hoje (11), na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ). Os corpos dos Sargentos Fuzileiros Navais Renan Guedes Moura e Luiz Fernando Tavares Augusto foram transportados para o Rio de Janeiro, em avião da Força Aérea Brasileira, e chegaram à Base conduzidos em veículo blindado Piranha do Corpo de Fuzileiros Navais. Familiares, amigos e integrantes da Força estiveram na cerimônia, onde foi anunciada a promoção post mortem dos dois militares à graduação de Primeiro-Sargento, um reconhecimento por terem tombado no cumprimento do dever.
“A melhor homenagem que podemos prestar aos Sargentos Guedes e Luiz é exatamente perseverarmos no cumprimento incansável das nossas tarefas para que tenhamos a certeza de que eles não faleceram em vão. Eles estavam se preparando para a defesa da nossa Pátria, para a defesa do Brasil. O nosso mais profundo sentimento a todos os familiares e aos irmãos deles do Corpo de Fuzileiros Navais. Deus, em sua infinita bondade, já os acolheu e vai trazer conforto a todos nós que ficamos aqui na terra honrando a memória deles”, afirmou o Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, Almirante de Esquadra (FN) Carlos Chagas Vianna Braga.
O Comandante de Operações Navais, Almirante de Esquadra Wladmilson Borges de Aguiar, prestou condolências aos familiares das vítimas e fez uma reflexão sobre as perdas prematuras. “Como profissionais da guerra, deveríamos estar preparados para conviver com as perdas. A guerra nos impõe isso, no entanto, quando, de uma maneira inesperada, a gente se depara com a morte, o sentimento fala mais alto. Perder companheiros jovens, com saúde e em plena atividade militar não é esperado e é difícil compreender. Se essa compreensão é difícil para nós militares, imagino como deve estar sendo difícil para os familiares. Neste momento de profunda tristeza, nos resta lembrar dos bons companheiros, da convivência diária, dos bons serviços prestados e das sementes que eles deixaram plantadas aqui na terra”.
Quem são as vítimas do acidente
Natural do Rio de Janeiro e morador de Mesquita, Renan Guedes Moura entrou na Marinha em 2004. Em quase 20 anos de serviços prestados ao País, o Segundo-Sargento (FN) Guedes acumulou sete cursos de especialização e aperfeiçoamento, além de duas medalhas de honra. Considerado como homem religioso e que priorizava a família, ele deixou esposa e dois filhos pequenos.
Também nascido no Rio de Janeiro, Luiz Fernando Tavares Augusto ingressou na Marinha em 2006. Ao longo de sua carreira, realizou oito cursos de especialização. Morador do bairro de Piedade, gostava de reunir a família no quintal de casa para celebrar datas festivas. Era religioso e atuava como líder de grupo de jovens em uma igreja evangélica. Ele também era casado e deixou duas crianças.
Entenda o caso
Um helicóptero UH-15 Super Cougar com 14 militares da MB caiu, na última terça-feira (08), durante exercício operativo realizado em Formosa (GO), entorno do Distrito Federal. Eles realizavam um exercício planejado de Fast Rope - técnica para desembarque rápido da tropa em ambiente adverso. Três militares permanecem internados no Hospital das Forças Armadas, em Brasília (DF). Os demais tiveram alta e se recuperam bem.
Uma Comissão de Investigação de Acidente Aeronáutico foi instaurada para apurar as causas e circunstâncias do acidente. Um relatório preliminar com informações como histórico da ocorrência, laudos e pareceres técnicos deverá ser concluído no prazo de 180 dias.
O treinamento em Formosa é o maior conduzido pela MB no Planalto Central, e a edição deste ano reuniu 3.500 militares. O exercício, que simula a parte terrestre de uma operação anfíbia, é capitaneado pelo Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), desde 1988. A partir de 2021, o treinamento passou a ser conjunto, com a participação de tropas e meios do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB). O exercício permite treinar os militares das três Forças no emprego conjunto de armas de apoio, manobras táticas, fogos de artilharia, operações aéreas e operações especiais.