"Esta medida hostil do oficial de Chisinau afetará antes de tudo os residentes de ambos os países, cujas oportunidades de receber assistência consular oportuna, bem como de manter laços comerciais e culturais serão significativamente reduzidas", afirmou o ministério em comunicado.
TASS
MOSCOU - A decisão das autoridades moldavas de reduzir o número de diplomatas russos no país terá consequências para as relações entre Moscou e Chisinau, disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
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Ele disse que funcionários de missões diplomáticas russas na Moldávia e suas famílias retornaram a Moscou em 14 de agosto, forçados a deixar a república devido a movimentos hostis das autoridades moldavas.
"Este passo hostil de Chisinau oficial terá, sem dúvida, consequências para as relações russo-moldávias, mas, antes de tudo, afetará os residentes de ambos os países, cujas oportunidades de receber assistência consular oportuna, bem como de manter negócios e laços culturais serão significativamente reduzidos", disse o ministério em um comunicado.
Ele apontou que "operando em capacidade reduzida, os funcionários da embaixada russa não poderão, por razões objetivas, garantir a quantidade e o tempo adequados dos serviços consulares". “Além disso, a atividade da missão comercial e do Centro Russo de Ciência e Cultura em Chisinau terá que ser limitada”, apontou o ministério.
"A responsabilidade por isso é inteiramente da liderança moldava, que, no âmbito de uma campanha anti-russa em larga escala que desencadeou, tomou uma decisão sem fundamento de reduzir significativamente o número de funcionários das missões estrangeiras russas na Moldávia", disse o porta-voz. Ministério das Relações Exteriores da Rússia resumiu.
Diplomatas russos e funcionários da embaixada que se enquadraram na exigência do governo da Moldávia de que Moscou reduzisse sua presença diplomática em Chisinau partiram na segunda-feira do Aeroporto Internacional de Chisinau a bordo de uma aeronave Tu-214 operada pelo Esquadrão de Voos Especiais da Rússia.
"Quarenta e cinco funcionários da embaixada partiram; junto com seus familiares, são cerca de 70 pessoas. Tudo correu normalmente. Funcionários da Moldávia forneceram a assistência necessária", disse um porta-voz da embaixada.
A expulsão de diplomatas russos foi precedida por publicações na mídia social e herdada da Moldávia que levantaram alarmes sobre o número de antenas de satélite no prédio da embaixada e acusaram diplomatas russos de espionagem.
Mais tarde, o Ministério das Relações Exteriores e da Integração Europeia da Moldávia convocou o embaixador russo Oleg Vasnetsov para uma explicação. As autoridades moldavas informaram o enviado de Moscovo da necessidade de reduzir o pessoal da embaixada para dez funcionários diplomáticos e 15 administrativos e técnicos. Nicolae Popescu, vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores da Moldávia, atribuiu a medida à suspeita de que diplomatas russos estivessem envolvidos em atividades "hostis", "espionagem" e tentativas de desestabilizar a situação política no país. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou que o passo hostil da Moldávia não ficaria sem resposta.
Em outubro passado, Chisinau expulsou um funcionário da embaixada russa após a explosão de um míssil não identificado na fronteira entre a Moldávia e a Ucrânia. Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia expulsou um funcionário da embaixada da Moldávia.