Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontam "movimentações financeiras atípicas" de ex-ajudantes de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os valores chegam a quase R$ 12 milhões em um ano e meio.
Por Vinícius Cassela | g1, Brasília
O Coaf analisou as transações desses seis assessores no período entre janeiro de 2022 e maio de 2023. Os relatórios foram entregues à CPI dos Atos Golpistas, que analisa o material.
Ao todo, os ex-ajudantes de ordens movimentaram R$ 11.877.775 no período. Mauro Barbosa Cid, "braço-direito" de Bolsonaro na ajudância de ordens, responde por mais de metade do valor – R$ 6,7 milhões.
Veja abaixo a lista de movimentações indicada pelos relatórios do Coaf:
- Mauro César Barbosa Cid: R$ 6.723.780
- Luis Marcos dos Reis: R$ 3.341.779
- Luiz Antonio Gonçalves de Oliveira: R$ 582.666
- Osmar Crivelatti: R$ 508.224
- Jairo Moreira da Silva: R$ 453.295
- Adriano Alves Teperino: R$ 268.031
Valores não condizem com os patrimônios
Segundo a documentação do Coaf, essas movimentações foram classificadas como "atípicas" porque os montantes são incompatíveis com o patrimônio desses ajudantes presidenciais.
O relatório do conselho indica o salário médio dos assessores no período. Veja abaixo:
- Mauro César Barbosa Cid: R$ 21.319,53
- Luis Marcos dos Reis: R$ 13.346,79 + R$ 10.710,94 (de um cargo comissionado que ocupou no Ministério do Turismo)
- Luiz Antonio Gonçalves de Oliveira: R$ 4.563,58
- Osmar Crivelatti: R$ 18.625,64
- Jairo Moreira da Silva: R$ 11.179,87
- Adriano Alves Teperino: R$ 15.191,19