O Comando de Aviação do Exército (CAvEx) em coordenação com os comandos superiores definiu a substituição da frota de Sikorsky UH-60L Black Hawk (HM-2) e Airbus Helicopters AS532 UE Cougar (HM-3). A negociação em andamento pelo Exército Brasileiro (EB) inclui a aquisição de 12 Black Hawk novos de fábrica.
Por João Paulo Moralez | Tecnologia & Defesa
Ao todo, quatro HM-2 estão em serviço no 4º Batalhão de Aviação do Exército (4º BAvEx) em Manaus, enquanto oito HM-3 estão divididos entre o 2º BAvEx em Taubaté e o 3º BAvEx em Campo Grande (MS).
Os dois modelos apresentam elevada obsolescência e estão cada vez mais caros de serem operados por conta da escassez de peças de reposição. Atualmente, essas duas frotas são as únicas na Aviação do Exército (AvEx) que não passaram pelo processo de modernização, como foi o caso do Fennec e do Pantera, e que ainda apresentam cockpit analógico.
Os HM-2 foram recebidos em 1997 para apoiar as ações do Brasil durante a Missão de Observadores Militares Equador-Peru (MOMEP), e que depois equiparam o 4º BAvEx. Já os HM-3 chegaram em 2002.
A AvEx já optou pelo desfazimento gradual dessas frotas no momento que os exemplares atingirem as marcadas das grandes inspeções, como a GOLF no caso do Cougar que é feita a cada 12 anos ou 7.500 horas voadas. Os exemplares desativados serão desmontados e as peças em condições de uso serão usadas para manter o restante da frota em serviço. A partir de 2024, num prazo aproximado de cinco anos, tanto o Black Hawk quanto o Cougar deverão estar fora de operação.
Estudos para o novo substituto
Conforme já publicamos em outras notícias e matérias a respeito da AvEx, desde meados da década passada, o Grupo de Ensaios e Avaliações (GEA) tem feito avaliações operacionais dos possíveis substitutos do Black Hawk e do Cougar.
O GEA é uma ferramenta imprescindível para orientar tecnicamente o CAvEx nas decisões de compras de novos equipamentos, modernizações, na montagem dos requisitos e na homologação de novos sistemas.
Para essa demanda, foram avaliados o AW139M e AW149, da Leonardo; o Bell UH-1Y Venon; e o Sikorsky UH-60M Black Hawk (ou S-70i). A frota deveria ficar entre 12 e até 16 exemplares, substituindo o HM-2 e o HM-3 a partir de 2024.
A definição
A negociação em andamento, via “Foreign Military Sales” (FMS), é para um lote de 12 Black Hawk novos que devem começar a serem recebidos a partir de 2025. Ainda a ser definida, está a possibilidade da frota ter a provisão para receber armamentos e cumprir missões de ataque, tendo assim um uso dual.