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PEQUIM - A visita da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan, vai contra a promessa dos EUA de não apoiar a "independência" da ilha, disse o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Tan Kefei, em um comunicado na quinta-feira.
Presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi © EPA-EFE/RITCHIE B. TONGO |
"Em 2 de agosto, a presidente da Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA, Nancy Pelosi, fez uma visita não anunciada a Taiwan chinesa", lê-se no comunicado na rede WeChat. "Este ato contradiz a promessa dos EUA de não apoiar a 'independência de Taiwan'", disse Tan.
Ele descreveu a visita como "uma séria provocação política contra a China, que causará sérios danos às relações entre os exércitos dos dois países". Ele ressaltou que "é um forte golpe e uma ameaça à paz e à estabilidade na região do Estreito de Taiwan".
"A China expressa sua forte indignação e protesto resoluto", disse Tan.
As relações entre as autoridades da China continental e de Taiwan têm sido extremamente tensas nos últimos dias devido a uma visita do presidente da Câmara dos Representantes dos EUA à ilha na terça e quarta-feira. A China alertou repetidamente o lado dos EUA de que, se a viagem ocorrer, ela não permanecerá sem consequências e medidas duras serão tomadas. Imediatamente após a chegada de Pelosi, Pequim anunciou planos para realizar exercícios militares de fogo vivo em seis zonas ao redor de Taiwan.
Taiwan é governada por sua própria administração desde 1949, quando os remanescentes das forças kuomintang sob Chiang Kai-shek (1887-1975) fugiram para a ilha após serem derrotados na guerra civil chinesa. Taipei desde então manteve a bandeira e alguns outros atributos da antiga República da China, que existia no continente antes dos comunistas chegarem ao poder. De acordo com a posição oficial de Pequim, apoiada pela maioria dos países, incluindo a Rússia, é uma das províncias da China.