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"Kurti está fazendo o que as 'equipes de criação da crise' de certos países ocidentais têm preparado, e estes cenários já são familiares para nós. Obviamente, agora é o momento eleito para seguir esmagando os sérvios no território do Kosovo e Metochija. Há muito tempo tenho dito que tudo isso se faz para organizar a limpeza étnica dos sérvios", supôs Covic em uma entrevista à Sputnik.
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"Mas em meio a tudo isso, surge uma pergunta: o que está fazendo a KFOR [força militar liderada pela OTAN]? É simplesmente incrível que esteja tão relaxada, porque o seu trabalho deveria ser prevenir qualquer provocação e conflito", assinalou o político sérvio.
Quanto à parte sérvia, na sua opinião, os líderes deveriam avaliar a situação baseando-se em todas as informações disponíveis no lugar dos acontecimentos e mais além.
"O jogo foi demasiado longe. Cada três ou quatro meses teremos a 'histeria de Albin', da qual sabemos quem está detrás e quem se beneficia de tudo isso", sublinhou Covic.
O ex-vice-primeiro-ministro sérvio lembrou que passaram dez anos desde a assinatura do acordo de Bruxelas, e desde então foi perdida a conta das provocações de Pristina, em todos os aspetos, no que diz respeito aos sérvios e à propriedade sérvia no Kosovo.
"Apesar disso, é necessário manter a paz na medida do possível, se isso for possível. Os sérvios do Kosovo devem ser inteligentes, não ceder às provocações e estar bem organizados", concluiu.
Na noite de domingo (31) a situação no Kosovo se agravou de súbito depois de a polícia da república autoproclamada ter fechado o posto na fronteira administrativa com a Sérvia. Na sua mensagem à nação, o presidente sérvio Aleksandar Vucic afirmou que as forças policiais do Kosovo iniciariam em 1º de agosto uma operação no norte da região, bloqueando a entrada a cidadãos possuindo carteiras de identidade emitidas pela Sérvia.
Também deverá se iniciar uma campanha para alteração do registro dos carros para placas da República do Kosovo. Vucic apelou para as autoridades kosovar-albanesas respeitarem a paz, avisando que, em caso do desencadeamento de ações agressivas contra os sérvios no Kosovo, "é a Sérvia que vai vencer".