Da CNN Portugal
Moscou anunciou na quinta-feira (7) uma “pausa operacional” na Ucrânia para que as tropas russas restabeleçam a capacidade de combate, uma informação contrariada pelo Instituto para o Estudo da Guerra dos Estados Unidos.
Prédio destruído por ataque aéreo durante invasão da Ucrânia pela Rússia em Bakhmut, na região ucraniana de Donetsk19/05/2022 Polícia da região de Donetsk/Divulgação via REUTERS |
“As unidades que efetuaram missões de combate durante a operação militar especial estão tomando medidas para reabastecer as capacidades de combate. Os militares têm a oportunidade de relaxar, receber cartas e encomendas de casa”, escreveu num comunicado o porta-voz do ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, citado pela agência de notícias Europa Press.
Konashenkov não especificou a duração prevista para este intervalo ou em que áreas de combate está a ser implementado.
Por outro lado, o Instituto para o Estudo da Guerra, dos Estados Unidos, (Institute for the Study of War, ISW na sigla em inglês) assegurou que as forças russas não cessaram as hostilidades e “é improvável que o façam”.
“As forças russas ainda realizaram ofensivas terrestres limitadas e ataques aéreos, de artilharia e com mísseis, em todos os eixos em 7 de Julho, e é provável que continuem a limitar-se a ações ofensivas de pequena escala à medida que restabelecem as forças e as condições para uma ofensiva mais significativa”, disse o ISW na rede social Twitter.
Em uma entrevista com o ex-advogado Mark Feigin — conhecido pelo ativismo contra o presidente russo Vladimir Putin –, publicada na plataforma YouTube, o conselheiro presidencial ucraniano Oleksiy Arestovych realçou que ataques ucranianos a armazéns russos levaram as tropas russas a fazer uma pausa.
“Os ataques aos armazéns enfraqueceram significativamente a capacidade [de atacar] de uma forma rápida e organizada. (…) Suas reservas estão escassas e irão diminuir”, explicou Arestovych, em declarações divulgadas pela emissora ucraniana TCH.
“O ritmo da ofensiva abrandou”, notou.