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Em entrevista ao jornal alemão Bild, o chefe da NASA revelou preocupações com os planos da China para a Lua.
Segundo ele, o governo chinês pretende "adquirir" o lado sul da Lua como parte de seu programa espacial militar. Na entrevista publicada neste sábado (2), Nelson afirmou que os Estados Unidos estão agora envolvidos em uma nova corrida ao espaço, desta vez com a China.
Ele enfatizou que, até 2035, Pequim pode terminar a construção de sua própria estação lunar e iniciar seus primeiros experimentos. Para Nelson, "devemos estar muito preocupados com o pouso da China na Lua".
O chefe da NASA afirmou que programa espacial da China é também militar, e que a competição pelo polo sul da Lua será "especialmente intensa", pois potenciais depósitos de água na região poderiam ser usados no futuro para produção de combustível.
Perguntado sobre os propósitos militares da China no espaço, Nelson afirmou que os astronautas chineses estão ocupados aprendendo como destruir satélites de outros países.
Apesar das garantias de Pequim de que seu ambicioso programa espacial tem fins puramente pacíficos, Nelson tem sido um crítico da política espacial da China. Em abril, ele acusou autoridades chinesas de se recusarem a trabalhar com os EUA.
As recentes sanções impostas pelo Ocidente a Moscou por causa de sua ofensiva militar na Ucrânia levaram a Rússia a buscar uma cooperação ainda mais profunda com a China no espaço.
No final de fevereiro, apenas dois dias após o lançamento da operação militar especial de Moscou na Ucrânia, o chefe da agência espacial russa, Dmitry Rogozin, anunciou que a Roscosmos deixaria de trabalhar em projetos espaciais conjuntos com a Europa e os Estados Unidos e começaria negociações com a China.