Reuters
MOSCOU - A Rússia anexou a península do Mar Negro da Ucrânia em 2014 após um presidente pró-Moscou em Kiev ser deposto em meio a enormes protestos. Moscou também apoiou separatistas pró-Rússia armados na região de Donbas, leste da Ucrânia.
Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, discursa em São Petersburgo © Reuters/SPUTNIK |
“Se qualquer outro Estado, seja a Ucrânia ou países da Otan, acredita que a Crimeia não é russa, então é uma ameaça sistêmica para nós”, disse Medvedev a veteranos da Segunda Guerra Mundial, segundo a agência de notícias Interfax.
“É uma ameaça direta e explícita, especialmente pelo o que aconteceu com a Crimeia. A Crimeia retornou à Rússia”, disse Medvedev, que agora ocupa o cargo de vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia.
Seus comentários foram veiculados um dia depois de uma autoridade ucraniana indicar que a Crimeia, que a maioria do mundo ainda reconhece como parte da Ucrânia, pode ser um alvo para mísseis HIMARS, fabricados pelos EUA, e que recentemente foram mobilizados por Kiev que está enfrentando as forças russas.
A Crimeia tem uma importância estratégica especial à Rússia porque inclui o quartel-general da sua frota no Mar Negro, em Sevastopol.