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As autoridades ucranianas acusam regularmente a Rússia de roubar as colheitas da Ucrânia nas áreas que ocupa, para consumo interno ou para vendê-las no exterior ilegalmente.
Porto libanês de Trípoli (imagem ilustrativa). Mahmud TURKIA / AFP |
Em Beirute, o promotor Ghassan Oueidat instruiu a polícia a investigar o caso do navio "Laodiceia", ancorado no porto de Trípoli, no norte do Líbano, informou um oficial de justiça à AFP. Oueidat ordenou a "apreensão do navio até ao final da investigação", acrescentou o responsável, falando sob condição de anonimato.
O embaixador ucraniano no Líbano, Ihor Ostash, anunciou nesta quinta-feira (28) que se encontrou com o presidente libanês, Michel Aoun, e discutiu "a entrada de um navio sírio (...) carregado com cevada, ilegalmente, de territórios ucranianos ocupados".
“Advertências de países ocidentais”
Nesta sexta-feira (29), o ministro das Relações Exteriores do Líbano, Abdallah Bou Habib, anunciou em sua conta no Twitter que recebeu "muitos protestos e advertências de diversos países ocidentais após a chegada de um navio de bandeira síria carregado com farinha e cevada".
De acordo com informações iniciais, o diretor da empresa de afretamento é turco, enquanto as mercadorias pertencem a um comerciante sírio, revelou o oficial de justiça, acrescentando que parte da carga deverá ser descarregada no Líbano e o restante na Síria.
Um funcionário da alfândega declarou nesta sexta-feira que, após a verificação, "os documentos das mercadorias estavam em ordem e não havia evidências de que tivessem chegado ao Líbano roubados".
O incidente ocorre em um país em colapso econômico e sofrendo com a escassez de trigo. Os libaneses estão na fila por sacos de pão subsidiado. O país importa 80% de seu trigo da Ucrânia.
(Com informações da AFP)