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Ontem (7), o Reino Unido anunciou, pela primeira vez, que nos dias 28 de janeiro e 25 de fevereiro uma fragata da Marinha Real britânica apreendeu armas iranianas de lanchas operadas por contrabandistas em águas internacionais ao sul do Irã, conforme noticiado.
As armas apreendidas incluíam mísseis terra-ar e motores para mísseis de cruzeiro de ataque terrestre. Segundo o comunicado do governo britânico, "esta foi a primeira vez que um navio de guerra da Marinha britânica interditou um navio que transportava armas tão sofisticadas do Irã".
Ainda de acordo com o comunicado, as respectivas análises técnicas revelaram que o material bélico é do mesmo tipo de mísseis usados pelos houthis do Iêmen para atacar alvos da Arábia Saudita.
Nesta sexta-feira (8), Teerã rejeitou nesta a alegação britânica das apreensões e que elas seriam para o Iêmen.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanani, disse que a decalração do Reino Unido era "infundada", acusando Londres de ser cúmplice na guerra no Iêmen, uma vez que as vendas anteriores de armas britânicas para a Arábia Saudita não lhe deram "autoridade moral para fazer uma reclamação contra a República Islâmica", disse o porta-voz citado pelo The Defense Post.
"Ao vender continuamente armas avançadas para a autoproclamada coalizão militar contra o povo indefeso do Iêmen, Londres tem sido parceiro na guerra e na agressão contra o Iêmen", continuou Kanani.
O governo britânico disse que o tipo de armamento encontrado nas lanchas foram disparados contra Abu Dhabi em janeiro, em um ataque que matou três civis.