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A declaração publicada pelo Palácio do Eliseu aponta que Austrália e França têm "interesses comuns de segurança" e pretendem fortalecer a cooperação na área de defesa, incluindo setores como inteligência e engajamento operacional.
Anthony Albanes e Emmanuel Macron© AP Photo / Thomas Padilla |
"Estamos determinados em nos manter ativos em fóruns regionais e ampliar a cooperação de segurança com os países do Pacífico, em particular na vigilância com agências regionais e no oceano Índico, incluindo parceria com a Índia", afirma a declaração.
A França compartilha interesses na região no âmbito da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que designou a China como um "desafio de segurança" em seu novo Conceito Estratégico, publicado recentemente.
A declaração conjunta de Paris e Camberra acrescenta que os países conduzirão mais atividades marítimas conjuntas em apoio à ordem global baseada em regras. Os líderes também concordaram em trabalhar em inciativas voltadas à ampliação da cooperação entre suas indústrias militares.
"Austrália e França vão explorar iniciativas para aumentar a cooperação na indústria de defesa para apoiar e entregar capacidade às nossas respectivas forças de defesa", diz a publicação conjunta, acrescentando que os países pretendem cooperar também em atividades de defesa no espaço.
Austrália e França buscam consertar relações estremecidas
Anteriormente, o premiê australiano, Anthony Albanese, expressou confiança de que conseguiria normalizar as relações com a França, abaladas pelo governo anterior que abandonou a compra de 12 submarinos franceses em setembro do ano passado.
Ao invés da parceria francesa, o ex-premiê da Austrália, Scott Morrison, optou, no final de 2021, por um acordo com o Reino Unido e os Estados Unidos no âmbito do pacto trilateral de segurança AUKUS. O acordo prevê que Washington e Londres ajudarão os australianos a conseguirem submarinos nucleares.
A situação abalou as relações entre Paris e Camberra. À época, a mudança de posição chegou a ser descrita pelo ex-chanceler francês Jean-Yves Le Drian como "uma facada nas costas".