TASS
PEQUIM - Washington deve ajudar a promover um diálogo russo-ucraniano para a paz em vez de trabalhar para incluir a Rússia em sua lista de patrocinadores estatais do terrorismo, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Zhao Lijian na segunda-feira.
Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Zhao Lijian © Foto/Andy Wong |
"Os EUA devem criar condições favoráveis para avançar as negociações de paz russo-ucranianas. Washington deve tomar medidas para facilitar um acordo político para a crise na Ucrânia", disse ele em um briefing respondendo a uma pergunta da TASS sobre como as autoridades em Pequim veem a intenção do governo dos EUA de rotular a Rússia como patrocinadora do terrorismo.
O diplomata chinês especificou que Pequim vê um acordo de paz como a única maneira eficaz de desescalar na Ucrânia. "Washington deve tomar mais medidas que impactarão positivamente um acordo político", enfatizou.
Mais cedo, a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi (Democrata, Califórnia), durante uma conversa telefônica com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que se o Departamento de Estado não declarasse a Rússia um patrocinador do terrorismo sobre a situação na Ucrânia, o Poder Legislativo o faria. De acordo com o jornal Politico, os dois políticos deliberaram sobre o assunto na semana passada. Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que o Kremlin desaprovava esses planos. "No entanto, por outro lado, é muito difícil fazer algo que possa piorar ainda mais as relações entre a Rússia e os EUA", insistiu.