James Mackenzie e Ali Sawafta | Reuters
JERUSALÉM - A visita de Biden foi recebida com profundo ceticismo por palestinos que dizem que suas preocupações sobre questões como autodeterminação e construção de assentamentos na Cisjordânia ocupada foram postas de lado por uma tentativa de ajustar Israel em acordos de segurança regional com países árabes.
Presidente dos EUA, Joe Biden, fala ao lado do presidente de Israel, Isaac Herzog, em Jerusalém © Reuters/EVELYN HOCKSTEIN |
Eles também dizem que Washington não cumpriu as promessas de reabrir seu consulado para palestinos em Jerusalém, fechado pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump em 2019.
Em declaração após uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Yair Lapid, Biden disse que os Estados Unidos querem ver uma "paz negociada duradoura entre o Estado de Israel e o povo palestino".
"Israel precisa permanecer um Estado judeu democrático e independente", afirmou ele.
"A melhor maneira de conseguir isso continua sendo uma solução de dois Estados, para dois povos, ambos com raízes profundas e antigas nesta terra, vivendo lado a lado em paz e segurança."
No entanto, ele não deu detalhes e não falou sobre retomar o processo parado para chegar a um acordo entre os dois lados.
Uma solução de dois Estados com um Estado palestino independente junto ao atual Estado de Israel tem sido a solução preferida da comunidade internacional, mas parece uma perspectiva cada vez mais distante, com oposição de amplos setores da política israelense.