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As forças russas atacaram nesta sexta-feira (15) as duas principais universidades de Mykolaiv, no sul da Ucrânia, e deixaram ao menos quatro feridos, informam autoridades locais.
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"Hoje os terroristas russos atacaram as duas maiores universidades de Mykolaiv. Ao menos 10 mísseis. Agora estão atacando a nossa educação. Peço a todos os países democráticos que afirmem o que a Rússia é realmente: um terrorista", afirmou o administrador militar regional, Vitaly Kim, ao portal Ukrinform.
Ao mesmo site, a chefe do conselho regional, Hanna Zamazeyeva, explicou que os ataques começaram pela manhã e também atingiram outros pontos de "infraestrutura civil". "Os edifícios residenciais foram danificados e ao menos quatro pessoas ficaram feridas", acrescentou, destacando que não há crianças entre os que se machucaram.
Vinnytsia
Do lado russo, o porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov, se defendeu das acusações sobre outro ataque, contra a cidade de Vinnytsia, que deixou 23 civis mortos e 39 desaparecidos.
Segundo o representante, o alvo foi militar e os "mísseis de precisão Kalibr lançados do mar atingiram a casa de oficiais de Vinnytsia, com os participantes da reunião sendo eliminados".
No entanto, Kiev afirma que o ataque foi contra uma área residencial civil e que ao menos três crianças morreram na ação. Mais de 90 ficaram feridos e cerca de 50 foram levados para hospitais.
Voluntário britânico
Milícias pró-Rússia que atuam em Donetsk informaram que um dos voluntários britânicos presos em abril, chamado de Paul Urey, "morreu por causa de doenças crônicas", segundo informa a Tass.
"Ele morreu por causa de doenças diagnosticadas em precedência e pelo stress de 10 de julho. Nós fornecemos os cuidados médicos necessários a Paul Urey mesmo com a gravidade da acusação contra ele", disse Darya Morozova à agência russa, voltando a chamar o homem de "mercenário".
Em 29 de abril, a organização humanitária Presidium Network havia informado que dois voluntários britânicos que atuavam na entrega de ajuda à população, Urey e Dylan Healy, foram capturados por membros do exército russo.
Os dois foram presos em um posto de controle próximo à cidade de Zaphorizhzhia enquanto "estavam entregando ajuda humanitária" e estavam fazendo uma operação de evacuação "de uma família ucraniana". Para Moscou, eles eram considerados "espiões".
Após a notícia, fontes do governo britânico informaram que Downing Street entrou em "alerta" sobre o caso.
Horas depois, o governo do Reino Unido convocou com urgência o embaixador russo em Londres, Andrei Kelin, sobre o caso.
"Estou consternada e [a Rússia] deve assumir toda a responsabilidade", disse a ministra das Relações Exteriores, Liz Truss.