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Mais de 400 pessoas estão envolvidas de alguma forma em crimes cometidos na Ucrânia. A afirmação é do chefe do Comitê de Investigações da Rússia, Aleksandr Bastrykin. Segundo ele, mais de 1.300 processos criminais contra os envolvidos foram abertos pelo comitê.
Fragmento de míssil balístico Tochka-U após ataque a estação ferroviária de Kramatorsk © AP Photo / Andrei Andrienko |
"Processos criminais relativos a eventos na Ucrânia estão investigando representantes das lideranças militar e política do país e membros de associações nacionalistas radicais, bem como representantes de grupos armados ucranianos. No total, mais de 1.300 processos criminais foram iniciados, em que mais de 400 pessoas são responsabilizadas", disse Bastrykin.
Bastrykin informou que a investigação preliminar já revelou o envolvimento de mais de 220 pessoas em crimes contra a paz e a segurança da humanidade, que não têm prazo de prescrição. Entre essas pessoas estão, em particular, representantes do alto comando das Forças Armadas da Ucrânia, bem como comandantes de unidades militares que dispararam contra civis.
"Noventa e dois comandantes e seus subordinados foram indiciados. Noventa e seis pessoas foram incluídas na lista de procurados, sendo 51 comandantes das Forças Armadas da Ucrânia", disse Bastrykin.
O chefe do Comitê de Investigações da Rússia destacou que foram abertos processos criminais relativos ao desenvolvimento de armas de destruição em massa por funcionários do Ministério da Saúde da Ucrânia e à participação de mercenários no conflito, incluindo cidadãos de Reino Unido, EUA, Canadá, Países Baixos e Geórgia.
"Além disso, oito processos criminais foram abertos por ataques a embaixadas e a representantes diplomáticos russos nos Países Baixos, na Irlanda, na Lituânia, na República Tcheca, na Polônia, na Romênia e no prédio de Rossotrudnichestvo, na França", disse Bastrykin.
Bastrykin também falou sobre a possibilidade de o comitê investigar casos em defesa de cidadãos russos no exterior.
"Seria prático consolidar a possibilidade de investigadores russos iniciarem processos criminais quando um crime for cometido fora da Federação da Rússia e afetar os interesses de nosso Estado ou de um cidadão", disse Bastrykin, em entrevista ao jornal Rossiyskaya Gazeta.
Segundo Bastrykin, houve muitos casos em que cidadãos russos se tornaram vítimas de crimes em outros países mas a Justiça local foi indulgente em relação aos cidadãos de seu país, dando sentenças brandas ou ignorando circunstâncias importantes.