Thiago Vinholes | Airway
A Força Aérea da Itália (Aeronautica Militare) em parceria com institutos de pesquisa italianos realizou no fim do mês passado voos de teste com um caça-bombardeiro ítalo-brasileiro AMX abastecido com uma mistura de querosene e biocombustível fabricado a partir de vegetais.
Na Itália, o AMX foi apelidado de “Ghibli”(Aeronautica Militare) |
Ao todo, foram executados dois voos. No primeiro, no dia 28 de junho, a aeronave voou abastecida com uma combinação de combustível fóssil e 20% de biocombustível, quantidade que aumentou para 25% no segundo voo de teste, em 29 de junho.
De acordo com a Aeronautica Militare, os testes possibilitaram comparar os níveis e tipos de emissões das diferentes misturas de combustível, bem como analisar a performance da aeronave e do motor alimentado parcialmente com biocombustível.
“A Força Aérea empreendeu e vem apoiando a pesquisa e implementação de soluções efetivas para o desempenho das tarefas institucionais em um contexto global cada vez mais sensível às questões de sustentabilidade ambiental, eficiência e segurança energética e a chamada resiliência capacitiva”, menciona o comunicado da força aérea italiana sobre os testes com o AMX.
A despeito da iniciativa e dos testes bem-sucedidos, a força aérea italiana ainda não tem planos de introduzir completamente o uso de biocombustível no AMX ou em qualquer outro vetor da frota.
As forças aéreas da Itália e do Brasil são os únicos operadores do AMX (que no Brasil é conhecido como A-1 e na Itália, A-11 Ghibli). A aeronave foi projetada e construída pelo consórcio entre as fabricantes italianas Aeritalia (depois Alenia Aeronautica) e Aermacchi e a Embraer.