Por Pavel Polityuk e Max Hunder | Reuters
KIEV - A Rússia aumentou seu foco em Donetsk, onde a parte sul já é controlada por ela e seus representantes, depois de concluir a captura da região vizinha de Luhansk no domingo com a tomada de Lysychansk, que agora está em ruínas.
Fumaça sobe durante conflito entre Rússia e Ucrânia em Donetsk © Reuters |
Moscou diz que expulsar totalmente os militares ucranianos de ambas as regiões é fundamental para o que chama de "operação militar especial" para garantir sua própria segurança, uma ofensiva de quatro meses que o Ocidente classifica de guerra de agressão não provocada.
Donetsk e Luhansk formam Donbas, a parte industrializada do leste da Ucrânia que vive a maior batalha na Europa em gerações e que a Rússia quer tomar o controle em nome dos separatistas apoiados por Moscou em duas autoproclamadas repúblicas populares.
Autoridades ucranianas disseram que fortes combates estavam ocorrendo enquanto as forças russas tentavam avançar de Luhansk para a região de Donetsk e para a cidade de Sloviansk.
"Estamos segurando o inimigo na fronteira da região de Luhansk e da região de Donetsk", afirmou o governador de Luhansk, Serhiy Gaidai, à televisão ucraniana.
Ele disse que o Exército regular russo e as forças de reserva foram enviados para lá em um aparente esforço para cruzar o rio Siverskiy Donets e que dois pequenos assentamentos dentro das fronteiras de Luhansk foram palco de combates ferozes.
"A região de Luhansk ainda está lutando. Quase todo o território foi capturado, mas em dois assentamentos os combates estão em andamento", declarou ele em uma entrevista em vídeo.
Gaidai e outras autoridades ucranianas disseram que as forças russas estão atacando alvos na região de Donetsk com artilharia.
Vadym Lyakh, prefeito de Sloviansk, contou em um vídeo na quarta-feira que a cidade foi bombardeada nas últimas duas semanas.
"A situação é tensa", disse ele, falando um dia depois que autoridades locais disseram que forças russas atacaram um mercado e uma área residencial em Sloviansk e mataram pelo menos duas pessoas.
A Rússia diz que não tem civis como alvo.
Lyakh afirmou que 17 moradores foram mortos e 67 ficaram feridos desde que o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou que suas tropas entrassem na Ucrânia em 24 de fevereiro.