ANSA
Segundo a instituição, fontes locais chegam a falar em 30 vítimas, mas o governo não confirma. O ataque ocorreu entre a noite do domingo (3) e a madrugada da segunda-feira (4) e as autoridades dizem que se trata de um "ato terrorista".
Capital do Burkina Faso — Foto: Ahmed OUOBA/AFP (arquivo) |
Um dos sobreviventes contou à organização que "os terroristas chegaram em motos à cidade por volta das 17h, mas saíram sem fazer nada".
"Durante a noite eles voltaram e começaram a ameaçar as pessoas que estavam em um cortejo na frente da igreja", disse. Já um sacerdote local, que atua em uma paróquia próxima, confirmou a versão e disse que "14 pessoas foram assassinadas em frente à igreja".
Depois desse primeiro massacre, os agressores se dirigiram para o centro de Bourasso e mataram "quase 20 pessoas", incluindo cristãos e fiéis que "professam a fé em religiões tradicionais africanas".
"Estamos aterrorizados. Essas pessoas não tem nada a ver com a política ou com esses grupos terroristas. São atacadas de uma forma que não podem fazer nada para se defender. É um verdadeiro caos", disse o padre à ONG pedindo para sua identidade não ser revelada por questões de segurança. Ele relatou ainda que também fugiu de um ataque do tipo no último dia 9 de maio.
O domingo era de festa para os cristãos no local porque houve uma celebração especial pela ordenação de dois novos sacerdotes locais e pelos sete anos de serviços de um catequista de Bourasso. Dois irmãos do catequista foram assassinados.
"Aqui, quando nós acordamos, sabemos que estamos vivos, mas não sabemos se ainda vamos estar vivos à noite", acrescentou o padre, relatando que há cerca de dois anos há ataques constantes contra civis na cidade.
A Ajuda à Igreja que Sofre atua em Burkina Fasso no auxílio à minoria cristã que vive no país - cerca de 1%. Segundo a instituição, os cristãos são constantemente alvos de ataques terroristas de grupos extremistas que querem combater e exterminar grupos religiosos que não sejam islâmicos. Com isso, além dos católicos, muitos praticantes de religiões tradicionais africanas são perseguidos.
"Aqui, quando nós acordamos, sabemos que estamos vivos, mas não sabemos se ainda vamos estar vivos à noite", acrescentou o padre, relatando que há cerca de dois anos há ataques constantes contra civis na cidade.
A Ajuda à Igreja que Sofre atua em Burkina Fasso no auxílio à minoria cristã que vive no país - cerca de 1%. Segundo a instituição, os cristãos são constantemente alvos de ataques terroristas de grupos extremistas que querem combater e exterminar grupos religiosos que não sejam islâmicos. Com isso, além dos católicos, muitos praticantes de religiões tradicionais africanas são perseguidos.