Sputnik
"Uma vez que as [forças ucranianas] começaram a usar armas da OTAN, houve um aumento de 2,5 vezes nas baixas civis e na destruição da infraestrutura civil", afirmou Sergei Pereverzev, especialista militar do Centro Conjunto de Controle e Coordenação do Regime de Cessar-fogo (JCCC).
Escola Nº 22 destruída em Donetsk por ataques de lançadores múltiplos de foguetes Smerch ucranianos, em foto publicada em 30 de maio de 2022. © Sputnik / Sergei Averin |
A Rússia iniciou a operação militar especial, em 24 de fevereiro, com o objetivo de "desmilitarizar" e "desnazificar" a Ucrânia, após pedido de ajuda das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) para combater ataques de tropas ucranianas na região de Donbass.
Com a eclosão do conflito, o Ocidente, liderado pelos Estados Unidos, passou a aprovar pacotes de fornecimento de armas à Ucrânia para auxiliar nos ataques contra a Rússia.
Em 8 de junho, por exemplo, o governo Biden aprovou o envio de 1.000 munições de 155 mm de um novo tipo de artilharia guiada de precisão, como parte de um pacote de ajuda de US$ 400 milhões (R$ 2,2 bilhões) para Kiev.
"Desde o início da operação especial, o território da RPD foi bombardeado mais de 30 vezes com mísseis Tochka-U. Houve mais de 400 casos de bombardeio com munições de 155mm da OTAN. E o inimigo usou Himars [lançador múltiplo de foguetes dos EUA] mais de cinco vezes", disse o militar.
Neste sábado (16), o porta-voz da diretoria de inteligência do Ministério da Defesa ucraniano, Vadim Skibitskiy, disse que Kiev vê a Crimeia "como um alvo legítimo para o armamento de longo alcance do Ocidente", embora a Rússia já tenha alertado reiteradas vezes sobre as consequências de um eventual ataque à região.
O funcionário fez as observações durante uma entrevista para uma emissora ucraniana, e logo após ter sido perguntado se a Ucrânia poderia usar os sistemas de lançamento múltiplo de foguetes Himars e M270 MLRS, fabricados nos EUA, para atacar a Crimeia.
Moscou e Kiev fizeram tentativas de negociar um cessar-fogo, com reuniões na Turquia, que resultaram em trocas de prisioneiros. No entanto, até agora não houve acordo de paz para o fim do conflito, e as negociações foram interrompidas por iniciativa de Kiev.