Sputnik
A Rússia está por trás de uma "série" de operações recentes contra as forças dos EUA na Síria em junho, incluindo o ataque de quarta-feira (15) à base militar americana de Al-Tanf no sudeste sírio, escreveu o jornal Wall Street Journal (WSJ), citando funcionários do Pentágono.
De acordo com o WSJ, caças a jato russos atingiram "um posto de combate avançado na guarnição" após informar os EUA de um ataque iminente em resposta a um ataque de militantes treinados pela CIA contra as tropas sírias, que destruiu um veículo e pode ter causado feridos.
O jornal caracterizou o ataque de 15 de junho, que não teve vítimas norte-americanas, como uma "mensagem" de Moscou de que, embora "não estivesse visando ativamente as tropas americanas", ela estava "assediando a missão dos EUA na Síria, uma tática que as forças russas utilizaram anteriormente". Um funcionário militar dos EUA chamou isso de "um aumento significante na provocação".
As fontes do WSJ disseram que a Rússia também destacou neste mês de junho um par de caças-bombardeiros Su-34 para uma área no nordeste da Síria, onde as forças dos EUA estavam conduzindo uma operação de contraterrorismo. Os aviões russos supostamente deixaram a área após os EUA terem enviado seus próprios caças.
O general Eric Kurila, chefe do Comando Central dos EUA, declarou que o "comportamento recente" da Rússia é "provocador e escalatório", mas assegurou que o objetivo dos EUA continua sendo "evitar um erro de cálculo ou um conjunto de ações que possam levar a conflitos desnecessários".
As autoridades russas e o Ministério da Defesa do país não comentaram o artigo do WSJ.
No mês passado, o Serviço de Inteligência Externa da Rússia relatou que as instalações de Al-Tanf foram transformadas em um centro terrorista em que estavam sendo treinados militantes para destacamento na Ucrânia. As atividades incluiriam o treinamento no uso de mísseis antitanque, drones de reconhecimento e ataque e de equipamentos avançados de comunicação e vigilância.
Damasco sublinha que as tropas russas são as únicas estrangeiras aprovadas na Síria e que todas as restantes, incluindo dos EUA, constituem uma presença ilegal.