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"A pressa com que nos concederam o status de país candidato apesar da ausência de reformas imprescindíveis [...] confirma que a Moldávia será um peão no quadro geopolítico do Ocidente", escreveu Dodon no seu canal no Telegram.
Igor Dodon | Reprodução |
A Moldávia, insiste o representante da oposição, recebeu o status de país candidato ao ingresso na UE "não para obter ajuda econômica, mas para ser envolvida nos jogos geopolíticos do Ocidente contra a Rússia".
Os atuais dirigentes moldavos, avisa Dodon, querem realizar experimentos militares e políticos que vão ter consequências trágicas para o país, que pode não só perder os laços com seus parceiros do Leste, mas também parte de seu território.
Dodon sublinhou que a Moldávia só será aceita na União Europeia nas próximas décadas, mas já está pronta a se juntar às sanções da UE e EUA contra a Rússia, uma vez que isso é uma condição obrigatória.
O ex-presidente da Moldávia (1996-2020) disse que a Turquia foi designada país candidato à União Europeia em 1999, mas ainda não se juntou às medidas restritivas do bloco comunitário.
"A guerra do Ocidente contra a Rússia não é a nossa guerra. A política da Moldávia deve se basear na soberania e neutralidade, nas relações vantajosas tanto com o Ocidente como com o Leste da Europa, e ter em contra nossos interesses nacionais. De outro modo, enfrentaremos a autodestruição da nossa economia e podemos desaparecer como país", concluiu.
Em 23 de junho, a União Europeia concedeu o status de país candidato ao ingresso da Ucrânia e Moldávia, avançando assim em sua estratégia de incorporar mais países vizinhos da Rússia em sua zona de influência.