Por Tom Balmforth | Reuters
KIEV - Em discurso na cúpula do Grupo dos Sete nos Alpes da Baviera por meio de videoconferência, Zelenskiy também solicitou ajuda para exportar grãos a partir da Ucrânia e mais sanções à Rússia, disse uma autoridade europeia.
Fumaça em local de prédio destruído por ataque militar na cidade de Lysychansk, na região ucraniana de Luhansk © Reuters |
Enquanto os líderes se reuniam, as forças russas bombardeavam Lysychansk, alvo imediato do Kremlin no campo de batalha após a queda da vizinha Sievierodonetsk no fim de semana.
O governador de Luhansk, Serhiy Gaidai, disse que a cidade está sofrendo danos "catastróficos" pelo bombardeio e pediu aos civis que se retirem com urgência.
"A situação na cidade é muito difícil", escreveu Gaidai no aplicativo de mensagens Telegram.
Antes de seu discurso aos líderes do G7 reunidos no resort de Schloss Elmaua, Zelenskiy havia enfatizado a urgência da necessidade de mais armas.
"Os parceiros precisam se mover mais rápido se forem realmente parceiros, não observadores. Atrasos nas transferências de armas para nosso Estado, quaisquer restrições --isso é na verdade um convite para a Rússia atacar repetidamente", afirmou ele na mais recente mensagem diária.
Uma autoridade graduada dos Estados Unidos disse que os países do G7 se comprometerão com um novo pacote de ações coordenadas para aumentar a pressão sobre a Rússia e finalizarão os planos para um teto de preço do petróleo russo.
Uma autoridade europeia informou que, além dos sistemas de defesa aérea, Zelenskiy pediu garantias de segurança em seu discurso ao G7.
Os líderes assumirão um compromisso de segurança de longo prazo para fornecer à Ucrânia apoio financeiro, humanitário, militar e diplomático "pelo tempo que for necessário", incluindo armas modernas, disse a Casa Branca.
Os Estados Unidos devem anunciar esta semana a compra de defesa antimísseis terra-ar de médio a longo alcance para a Ucrânia, disse uma fonte familiarizada com o assunto à Reuters.
O presidente dos EUA, Joe Biden, havia dito anteriormente aos aliados que "temos que ficar juntos" contra a Rússia diante de seu ataque à Ucrânia, agora em seu quinto mês.
HORROR
O Estado Maior das Forças Armadas da Ucrânia disse nesta segunda-feira que as forças russas estavam usando artilharia para tentar isolar Lysychansk do sul. Aviões de guerra russos também atacaram perto da cidade, segundo os militares em sua atualização diária.
De acordo com a agência de notícias Tass, um representante dos separatistas apoiados por Moscou disse que as forças russas entraram em Lysychansk vindo de cinco direções e estavam isolando defensores ucranianos.
A Reuters não pôde confirmar o relato e a atualização geral do Estado-Maior não mencionou a entrada de separatistas na cidade.
"Foi um horror em Lysychansk na última semana", disse Elena, uma idosa da cidade que estava entre os dezenas de retirados que chegaram à cidade de Pokrovsk, controlada pela Ucrânia.