RFI
Os Estados Unidos prometeram liberar US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões) em artilharia, sistemas de defesa anti-navio, munição e sistemas avançados de mísseis para a Ucrânia. O anúncio do novo pacote de ajuda foi feito após uma conversa telefônica entre Biden e o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.
Joe Biden anunciou um novo pacote de ajuda militar e humanitária para a Ucrânia. © AP Photo/Patrick Semansky |
"Reafirmei meu compromisso de que os Estados Unidos estarão com a Ucrânia, que defende sua democracia, sua soberania e sua integridade territorial diante de uma agressão russa sem justificativa", disse Biden em um comunicado.
O líder norte-americano também anunciou US$ 225 milhões (R$ 1,1 bilhão) em assistência humanitária para a Ucrânia. O dinheiro será destinado à compra de alimentos, água potável, suprimentos médicos e outros bens essenciais. "A coragem, resiliência e determinação do povo ucraniano continuam a inspirar o mundo", disse Biden.
Otan se mobiliza
Nesta quarta, os representantes europeus estão reunidos em Bruxelas com o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, também para discutir a ajuda militar à Ucrânia e a possibilidade de fornecer, via Otan, armas pesadas às forças de Kiev.
Quase 50 países estão presentes. Também participa do encontro o ministro ucraniano da Defesa, Oleksiï Reznikov.
“A Ucrânia enfrenta um momento crucial no campo de batalha”, disse Lloyd Austin. “Temos que intensificar nosso engajamento comum", insistiu o norte-americano.
Antes do início do encontro, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, foi mais comedido. Ele disse que os países da Aliança pretendem fornecer mais armas para a Ucrânia. No entanto, afirmou que esse processo “levará tempo”, pois as forças ucranianas terão que ser formadas para a utilização desses equipamentos.
China continua apoiando Moscou
Do lado russo, Moscou recebeu nesta quarta-feira mais uma prova de apoio da China. O presidente chinês Xi Jinping garantiu ao russo Vladimir Putin durante uma conversa telefônica que Pequim continuará do lado de Moscou em questões de "soberania" e "segurança".
"A China está disposta a continuar o apoio mútuo com a Rússia em questões de soberania, segurança e outras questões de interesse e preocupações importantes", disse Xi, segundo um comunicado da agência oficial de notícias Xinhua. A transcrição da conversa não dá exemplos específicos de colaboração. A presidência russa informou apenas que a conversa teria sido "calorosa e amistosa".
Diante da resistência ucraniana e da unidade das democracias ocidentais, que impuseram sanções financeiras sem precedentes a Moscou, o governo russo pode contar apenas com o poder chinês para escapar do isolamento econômico total.
Desde a intervenção de 24 de fevereiro, a China se recusa a usar a palavra "invasão" para descrever a operação militar lançada por Moscou na Ucrânia e culpa os Estados Unidos e a Otan. As autoridades chinesas, que tentam formar uma frente comum com a Rússia contra os Estados Unidos, também se abstiveram de condenar a guerra.
(Com informações da AFP)