Izvestia
"Não há necessidade de esperar por uma luz verde da Turquia na cúpula em Madri. Mais cedo ou mais tarde, a Suécia e a Finlândia se juntarão à OTAN. Provavelmente, isso não acontecerá este ano e uma nova cúpula da aliança pode ser organizada para isso", disse ele em entrevista à TASS.
Foto: REUTERS/Johanna Geron |
Bagci observou que Ancara não é contra a adesão dos dois países nórdicos na aliança, mas quer garantias escritas que removam as preocupações sobre os laços de Estocolmo e Helsinque com organizações terroristas.
Ao mesmo tempo, o especialista ressaltou que a posição dura das autoridades turcas não é uma tentativa de jogar junto com a Rússia.
"A Turquia não é prisioneira da posição da Rússia contra a adesão da Suécia-Finlândia à aliança", disse Bagci.
Na véspera, soube-se que o presidente turco Recep Tayyip Erdogan na cúpula em Madri apresentará documentos especiais sobre o apoio da Suécia e da Finlândia para militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão banidos na república e reconhecidos como um partido terrorista.
Em 8 de junho, Ancara apresentou 10 condições para levantar o veto à adesão da OTAN à Suécia e à Finlândia. Um dos pontos foi a proposta de apoiar a Turquia em sua luta contra organizações terroristas, incluindo o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, a organização do pregador islâmico Fethullah Gulen e seus afiliados.
Em 11 de junho, foi relatado que as autoridades finlandesas não querem extraditar para a Turquia os participantes do movimento do pregador Fethullah Gulen "Hizmet", a fim de se juntar à OTAN.
Os pedidos de adesão à Aliança do Atlântico Norte pela Finlândia e Suécia foram apresentados em 18 de maio. O Ministério das Relações Exteriores russo reagiu criticamente a isso, observando que, desta forma, a segurança desses países não será garantida.