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"Os líderes vão aprovar um novo conceito estratégico, que vai refletir a situação atual no campo de segurança. Nela, a Rússia será indicada como uma das ameaças mais significativas para nossa segurança", disse Stoltenberg.
Jens Stoltenberg © AP Photo / Jacquelyn Martin |
O secretário-geral da OTAN salienta que o reconhecimento da Rússia como ameaça à segurança da Aliança Atlântica não significa a recusa dos contatos com Moscou, mas, ao mesmo tempo, acrescenta que um diálogo abrangente é impossível.
"Hoje em dia, o diálogo que temos desenvolvido ao longo de anos não está à mesa [de negociações] devido às ações da Rússia, porque a Rússia optou por confronto, não por diálogo. Mas ainda é necessário manter os canais de comunicação para prevenir incidentes. Em certa fase talvez possamos cooperar a respeito do controle de armas", ponderou.
Ao mesmo tempo, Jens Stoltenberg anunciou que na cúpula será discutido um futuro fortalecimento da aliança na direção leste, incluindo o aumento das forças de alta prontidão para 300 mil soldados.
"Vamos seguir fortalecendo nossa presença na direção leste ao transformar as forças de resposta da aliança. Também vamos aumentar as forças de alta prontidão para 300 mil militares", declarou, acrescentando que a aliança aumentaria suas possibilidades de fortalecimento em caso de escalada do conflito.
Além do mais, Stoltenberg salientou que a OTAN aprovaria novos pacotes de apoio à Georgia, à Moldávia e a outros parceiros da aliança.
"Vamos também aprofundar nossas relações com nossos parceiros mais próximos. Saúdo a decisão de Austrália, Japão, Nova Zelândia e Coreia do Sul de se juntar a nós nesta cúpula pela primeira vez. A Geórgia e a União Europeia também vão participar. Vamos aprovar novos pacotes de ajuda a Geórgia, Bósnia e Herzegovina e Moldávia, bem como a Mauritânia e Tunísia", afirma o secretário-geral da OTAN.
Quanto à assistência à Ucrânia, na cúpula será anunciado um novo pacote de apoio abrangente, incluindo uma assistência a longo prazo.
"Na cúpula vamos aprovar um pacote abrangente de apoio à Ucrânia", disse.
Tal ajuda, segundo Stoltenberg, incluirá sistemas de comunicação, sistemas antidrone e combustível.
"A longo prazo ajudaremos a Ucrânia a passar do armamento da época soviética para o armamento moderno da OTAN", acrescentou o secretário-geral da aliança.