Izvestia
"Sabemos que o problema é com as turbinas, sua revisão. Alguma turbina não retorna, foi bloqueada em algum lugar. Essas são as consequências das sanções, não há nada deliberado aqui", disse Peskov.
Foto: TASS/Yuri Smityuk |
A questão de quando as turbinas da Siemens retornarão à Rússia, o porta-voz do Kremlin redirecionou para a Gazprom.
Em 16 de junho, a Engie SA francesa anunciou uma redução no fornecimento de gás da Rússia. Declarações semelhantes nos últimos dias foram feitas pela Eni da Itália, pela Austríaca OMV e pela Alemã Uniper.
A Gazprom anunciou a paralisação devido ao reparo dos dois primeiros, e depois outras unidades de bombeamento de gás que servem a Nord Stream. A empresa explicou essa decisão por problemas com o retorno das turbinas Siemens do Canadá, que estão em manutenção lá.
De acordo com a Bloomberg, a Gazprom não pode devolvê-las por causa das sanções anti-russas do país. O Ministério dos Assuntos Econômicos e Proteção Climática da Alemanha disse que estava em negociações com o governo canadense para devolver os motores.
O representante permanente da Rússia na União Europeia, Vladimir Chizhov, disse em 16 de junho que a paralisação do Nord Stream devido ao reparo das turbinas ameaça uma catástrofe para a Alemanha. Ele sugeriu perguntar à Siemens por que era necessário enviar motores ao país que impuscia sanções contra a Rússia.
Os países ocidentais começaram a impor novas sanções em resposta à operação especial da Rússia para proteger o Donbass, o início do qual foi anunciado em 24 de fevereiro. Moscou explicou que as tarefas da operação especial incluem a desmilitarização e a desnazificação da Ucrânia, a implementação da qual é necessária para garantir a segurança da Rússia. A decisão foi tomada tendo como pano de fundo o agravamento na região como resultado de bombardeios por parte dos militares ucranianos.