Sabine Siebold e Marine Strauss | Reuters
BRUXELAS - A invasão russa da Ucrânia em fevereiro provocou uma mudança geopolítica expressiva no Ocidente, levando países antes neutros, como Finlândia e Suécia, a se inscreverem para aderir à Otan, e a Ucrânia a garantir o status de candidata formal a se juntar à União Europeia.
Secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, durante entrevista coletiva em Bruxelas © Reuters |
"A Rússia se afastou da parceria e do diálogo que a Otan tentou estabelecer com seu governo por muitos anos", afirmou o secretário-geral em Bruxelas, antes de uma cúpula da Otan que acontece durante a semana em Madri.
"Eles escolheram o confronto ao invés do diálogo. Lamentamos isso, mas é claro, precisamos responder a essa realidade", disse Stoltenberg a jornalistas.
A cúpula da Otan, entre 28 a 30 de junho, acontece em um momento crítico para a aliança, após fracassos no Afeganistão e por um período de discordância durante o mandato do ex-presidente norte-americano Donald Trump, que ameaçou retirar Washington da aliança.
Stoltenberg disse que a Otan no futuro teria "bem mais de 300 mil" tropas em alerta máximo, em comparação com as 40 mil tropas que atualmente compõem a força de reação rápida da aliança, a Força de Resposta da Otan (NRF, na sigla em inglês).