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Israel pode aprovar um acordo de transferência de petróleo iraniano para a Síria, negociado pelos EUA, segundo o Canal 12 israelense.
Em meio às discussões travadas do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), ou acordo nuclear iraniano, funcionários israelenses teriam consentido permitir o transporte desde que os EUA supervisassem o processo.
A mídia explica que Israel quer evitar que o Irã use a ocasião para transferir armas, incluindo foguetes avançados e drones, a seus aliados regionais, para o Hamas e o Movimento da Jihad Islâmica na Palestina em Gaza, e o Hezbollah no Líbano. Essa é a única forma de Tel Aviv concordar com a exportação do petróleo iraniano, explica o Canal 12.
Em 2015, sob a administração de Barack Obama (2009-2017), os EUA se juntaram a vários países para assinar o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), que limitou o enriquecimento de uranio do Irã para evitar que Teerã criasse armas nucleares, em troca de o país ter algumas de suas sanções suspensas, incluindo na exportação do petróleo.
No entanto, o novo presidente Donald Trump (2017-2021) retirou Washington do acordo, alegando sem provas violações por parte de Teerã, e reimpôs sanções duras ao Irã, levando a nação persa a se retirar gradualmente dos termos do acordo a partir de 2019.
Joe Biden retomou em 2021 as negociações do JCPOA, mas também impôs ao Irã mais sanções do que as que retirou. No entanto, ele tem negociado a exportação de petróleo venezuelano e iraniano em meio à subida dos preços petrolíferos desencadeada pelos crescentes embargos ocidentais ao petróleo da Rússia, que também tem aumentado os níveis de inflação.