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"Grãos ucranianos que ficaram presos nos portos do mar Negro são, por um lado, 0,2% de toda a produção dos grãos no mundo. Ou menos de 1% dos grãos transacionados no mercado global internacional, ou seja, fora do consumo interno do país", apontou Oleg Kubyakov durante discussão no fórum do clube Valdai.
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"No ano passado esse volume era por volta de 470 milhões de toneladas. Mas essa é a quantidade já fretada, paga e aguardada pelos consumidores", especificou ele.
De acordo com suas palavras, os países consumidores estão preocupados com o fato de esses grãos não chegarem ao destino, o que provoca alta nos preços e receios ligados às futuras entregas de grãos.
Kubyakov admitiu que a crise de alimentos no mundo é óbvia, com ritmo de fome tendo acelerando nos últimos seis anos, mas apontou que foi agravada pela situação na Ucrânia.
"Certamente, a crise alimentícia é evidente, ela não começou ontem, nos últimos seis anos o ritmo da fome tem crescido em aproximadamente dez milhões de pessoas por ano", disse.
O dirigente informa ainda que as negociações sobre a retirada de grãos ucranianos estão se aproximando do seu fim.
Diversos países do Ocidente impuseram vários pacotes de sanções contra a Rússia devido à situação na Ucrânia. Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança russo, ao falar sobre as consequências das sanções contra Moscou, constatou que estas levarão à crise alimentícia global em grande escala com perspectiva de fome em certos países.