Sputnik
A Turquia deve ser expulsa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) se tentar obstruir a expansão da aliança para incluir a Suécia e a Finlândia, sugeriu o veterano colaborador de relações exteriores dos EUA, David Andelman.
Em um artigo para a CNN, Andelman caracterizou o presidente Erdogan como um "amigo útil" do Kremlin e sugeriu que a solução era tornar Erdogan "irrelevante" ignorando a voz da Turquia quando se trata de adesão.
"O que de pior [...] a Turquia poderia fazer? Processar? Tirar? Houve muita reflexão sobre banir a Turquia da OTAN de qualquer maneira – especialmente depois que Erdogan comprou os sistemas de defesa aérea russos S-400 da Rússia há três anos. Talvez agora seja precisamente o momento de simplesmente enfrentar esses homens fortes que conseguiram penetrar profundamente nas instituições democráticas", escreveu Andelman, que é membro do Conselho de Relações Exteriores, um poderoso think tank neoconservador com sede em Washington.
O mesmo deve se aplicar à Hungria e ao primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, sugeriu o especialista. Budapeste rejeitou recentemente um novo pacote de sanções proposto por Bruxelas, que inclui uma proibição em todo o bloco às importações de petróleo russo, sugerindo que tal medida teria o mesmo impacto na economia de seu país como "lançar uma bomba atômica".
"O que de pior [...] a Turquia poderia fazer? Processar? Tirar? Houve muita reflexão sobre banir a Turquia da OTAN de qualquer maneira – especialmente depois que Erdogan comprou os sistemas de defesa aérea russos S-400 da Rússia há três anos. Talvez agora seja precisamente o momento de simplesmente enfrentar esses homens fortes que conseguiram penetrar profundamente nas instituições democráticas", escreveu Andelman, que é membro do Conselho de Relações Exteriores, um poderoso think tank neoconservador com sede em Washington.
O mesmo deve se aplicar à Hungria e ao primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, sugeriu o especialista. Budapeste rejeitou recentemente um novo pacote de sanções proposto por Bruxelas, que inclui uma proibição em todo o bloco às importações de petróleo russo, sugerindo que tal medida teria o mesmo impacto na economia de seu país como "lançar uma bomba atômica".
Robert I. Rotberg, do programa Conflito Intraestado da Escola Kennedy de Governo da Universidade de Harvard, concordou com a análise de Andelman, sugerindo que a União Europeia (UE) deveria simplesmente "avançar sem a Hungria", ignorando a posição de Budapeste.
"A 'regra da unanimidade' foi tola para começar e agora é a hora de testá-la", disse Rotberg referindo-se à exigência do Conselho Europeu de que todos os membros do bloco concordem com questões importantes antes de serem implementadas.
O analista sugeriu ainda que o único recurso da Hungria de levar o assunto ao Tribunal de Justiça Europeu, provavelmente se arrastaria por "anos". Ele também apontou para a tendência do tribunal de decidir a favor de Bruxelas em casos anteriores contra a Hungria – como as chamadas "violações de direitos e liberdades democráticas" de Orbán.
A Suécia e a Finlândia anunciaram formalmente sua intenção de ingressar na OTAN na segunda-feira (16). Erdogan disse que via a ideia de forma desfavorável. "Os países escandinavos tornaram-se um porto seguro, uma suposta casa de hóspedes para o PKK e outros grupos terroristas. Alguns terroristas até participam dos parlamentos da Suécia e da Holanda", disse ele.
O PKK é um partido político e uma força paramilitar que opera no sul e leste da Turquia e busca mais autonomia ou mesmo independência total do controle de Ancara.
Erdogan dobrou sua posição na segunda-feira (16), dizendo que "não pode dizer sim" às candidaturas sueca e finlandesa à sua adesão à aliança. "Caso contrário, a OTAN não será uma organização de segurança, mas sim, um lugar onde haverá muitos representantes de terroristas", disse.
As autoridades suecas tentaram apaziguar Ancara sobre o assunto, com a ministra das Relações Exteriores, Ann Linde, enfatizando que Estocolmo considera formalmente o PKK um grupo terrorista, apesar da cooperação da organização com os sociais-democratas no governo.
Autoridades na Suécia e na Finlândia romperam décadas ou mesmo séculos de neutralidade ao anunciar planos para ingressar na Aliança Atlântica depois que a Rússia iniciou sua operação militar na Ucrânia.
As autoridades russas alertaram que a entrada dos países nórdicos na OTAN constituiria um "erro com consequências de longo alcance".