Por Mohammad Yunus Yawar e Saud Mehsud | Reuters
CABUL - O Talibã paquistanês - conhecido como Tehreek-e-Talibã Paquistão (TTP) - realizou alguns dos ataques mais sangrentos dentro do Paquistão desde 2007. Não é diretamente afiliado ao Talibã afegão, mas promete fidelidade a eles.
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| O vice-ministro da Informação e Cultura do Talibã afegão e porta-voz Zabihullah Mujahid fala durante o aniversário de morte de Mullah Mohammad Omar, o falecido líder e fundador do Talibã, em Cabul, Afeganistão, 24 de abril de 2022. REUTERS/Ali Khara |
"Durante as conversações, além de progressos significativos em questões relacionadas, um cessar-fogo temporário também foi acordado", disse o porta-voz do Talibã Zabihullah Mujahid no Twitter, confirmando as negociações em Cabul.
O Paquistão realizou uma série de operações contra o TTP, mas, apesar de reduzir a pegada do grupo militante, não foi capaz de parar totalmente os ataques, que, nos últimos meses, começaram a subir novamente ao longo de sua fronteira ocidental.
Uma declaração da TTP na quarta-feira também confirmou que as negociações estavam em andamento em Cabul e que um cessar-fogo foi colocado em prática em 30 de maio.
Não ficou claro quem estava representando o governo paquistanês nas negociações. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Paquistão não respondeu ao pedido de comentário da Reuters.
Islamabad diz que o TTP foi capaz de encontrar um porto seguro no Afeganistão ao longo dos anos - uma acusação que tanto o Talibã quanto os governos anteriores apoiados pelos EUA negaram.
No ano passado, os dois lados haviam concordado com um cessar-fogo, mas as negociações fracassaram. As negociações, também realizadas dentro do Afeganistão, foram interrompidas devido a um desentendimento sobre a libertação de prisioneiros do TTP mantidos pelo Paquistão, de acordo com a mídia local.
O Paquistão também está atualmente lidando com uma onda de ataques de rebeldes separatistas em sua província sudoeste do Baluchistão, que também faz fronteira com o Afeganistão.
