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O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (19/05), por ampla maioria, um pacote de 40 bilhões de dólares em ajuda militar e humanitária à Ucrânia.
Ofensiva da Rússia contra a Ucrânia chega ao seu 85º dia | Foto: AP/picture alliance |
A medida, que já havia sido aprovada pela Câmara dos Representantes na semana passada, teve o apoio de todos os senadores democratas e de quase todos os republicanos, com exceção de 11, a maioria próximos ao ex-presidente Donald Trump.
Agora, o texto precisa ser assinado pelo presidente americano, Joe Biden, para que entre em vigor, o que deve ocorrer nos próximos dias.
O pacote de ajuda aprovado pelo Congresso é superior aos 33 bilhões de dólares pedidos por Biden ao Congresso em abril.
"Com a aprovação, o Senado pode dizer ao povo ucraniano que a ajuda já está a caminho. Ajuda importante, ajuda que poderá contribuir para que os ucranianos saiam vitoriosos", disse no plenário o líder dos democratas no Senado, Chuck Schummer.
O líder dos republicanos, Mitch McConnell, afirmou que a ajuda à Ucrânia "é muito mais que caridade", já que "a segurança dos Estados Unidos e os seus principais interesses estratégicos serão determinados pelo resultado desta luta".
O novo pacote prevê o envio de armas e munições e inclui, também, assistência econômica direta e ajuda humanitária, como o envio de alimentos.
Em meados de março, o Congresso dos EUA já havia aprovado um pacote de cerca de 14 bilhões de dólares em ajuda à Ucrânia. Depois, em abril, Biden anunciou um novo pacote de ajuda econômica e militar no valor de 1,3 bilhão de dólares.
Alemanha anuncia envio de € 1 bilhão a Kiev
Também nesta quinta-feira, a Alemanha anunciou ajuda de cerca de 1 bilhão de euros à Ucrânia. A declaração foi feita pelo ministro alemão das Finanças, Christian Lindner, em reunião do G7 na cidade alemã de Königswinter.
De acordo com Lindner, outros países do grupo também se comprometeram a oferecer ajuda. Estima-se que o governo da Ucrânia precise de 15 bilhões de dólares nos próximos três meses para financiar suas operações, incluindo o pagamento de salários, já que a guerra dizimou as receitas fiscais.
Segundo Lindner, o G7 está coordenando "compromissos para financiar as funções governamentais da Ucrânia". "Temos que garantir a liquidez do Estado ucraniano", afirmou.
A Alemanha, assim como outros países e a União Europeia, já forneceram vários milhões de euros a Kiev, além de armas, para contribuir com o país no combate às tropas russas.
A guerra na Ucrânia, que nesta quinta-feira chega ao seu 85º dia, causou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas - cerca de 8 milhões de deslocados internos e mais de 6,3 milhões para países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A organização classifica a crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.